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Casais sem filhos somam 26,9% das famílias brasileiras, aponta IBGE

Dados do suplemento Nupcialidade e Família do Censo 2022, divulgados nesta quarta-feira (05/11) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), revelam que a proporção de casais sem filhos quase dobrou desde o ano 2000. Nesse período o índice subiu de 14,9% para 26,9%. Entre as famílias classificadas como casais sem filhos, o levantamento inclui tanto os domicílios formados apenas pelos dois cônjuges quanto aqueles em que o casal divide o lar com outros parentes, desde que não sejam filhos.

Casais sem filhos somam 26,9% das famílias brasileiras, aponta IBGE
Foto: Shutterstock

As transformações no mercado de trabalho e nas dinâmicas sociais ajudam a explicar o fenômeno. Conforme o IBGE, a maior presença feminina em atividades econômicas, a redução das taxas de fecundidade e o envelhecimento da população estão entre os fatores que contribuíram para o aumento dessa configuração familiar.

Famílias com filhos

Os casais com filhos, por sua vez, deixaram de representar a maioria dos lares brasileiros. O Censo 2022 aponta que, pela primeira vez desde o início da série histórica, essas famílias correspondem a menos da metade das 61,2 milhões identificadas no país. Em 2000, eram 63,6% dos lares; em 2010, 54,9%; e, em 2022, 45,4%.

O estudo identificou ainda que 13,5% das famílias são compostas por mulheres sem cônjuge e com filhos, enquanto 3,8% incluem mulheres sem cônjuge, com filhos e parentes. Outros 2% dos lares são formados por homens sem cônjuge e com filhos, e 0,6% abrangem homens sem cônjuge, com filhos e parentes.

Casais sem filhos somam 26,9% das famílias brasileiras, aponta IBGE
Foto: Reprodução

O instituto destaca que são consideradas famílias apenas as pessoas que vivem sob o mesmo teto e mantêm laços de parentesco. Dessa forma são excluídos estudantes que compartilham um imóvel sem relação familiar.

Brasileiros morando sozinhos

Também foi constatado um aumento dos domicílios unipessoais, que são aqueles habitados por apenas uma pessoa. Em 2010, eles representavam 12,2% das residências do País e em 2022 passaram a responder por 19,1%. O número de pessoas nessa condição cresceu de 4,1 milhões para 13,6 milhões, o equivalente a um em cada cinco lares.

Os resultados do Censo também indicam equilíbrio entre homens e mulheres que vivem sozinhos, totalizando 6,84 milhões e 6,78 milhões, respectivamente. Entretanto, o cenário varia conforme a idade: até os 54 anos, predominam os homens; dos 55 aos 59, há equilíbrio; e, a partir dos 60, as mulheres passam a ser maioria.

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