Depois das declarações do ex-ministro Ciro Gomes (PSDB) contra o irmão, senador Cid Gomes (PSB), a bancada do PSB na Assembleia Legislativa do Estado do Ceará (Alece), publicou uma nota de solidariedade em apoio a Cid Gomes. Além do presidente da Alece, deputado Romeu Aldigueri, assinaram o documento os deputados Antônio Granja, Guilherme Bismarck, Guilherme Landim, Jeová Mota, Marta Gonçalves, Marcos Sobreira, Osmar Baquit (licenciado), Salmito Filho, Sérgio Aguiar e Tin Gomes.

As críticas de Ciro contra o irmão foram disparadas em evento de filiação do ex-prefeito Roberto Cláudio ao União Brasil, ocorrido na tarde desta quarta-feira (05/10), em Brasília. Na ocasião, Ciro, que por anos fez ataques ao ex-deputado Capital Wagner, presidente estadual da sigla, pediu desculpas e disse estar arrependido por ter estado contra Wagner no passado. O ministro declarou que atacava Wagner, em razão de uma lealdade “cega” ao irmão. “Pilantra e chefe de milícia” eram alguns dos adjetivos usados por Ciro para descrever o então adversário. “Até recentemente, eu lembro com certo riso, eu não queria nem saber quem era o Capitão Wagner. Eu só queria saber de atacar o Capitão Wagner porque ele era adversário agressivo do meu irmão”, disse. “Na defesa leal de um irmão a quem eu também depositava uma crença de que não errava, achava que porque era meu irmão então não errava. e a gente vai aprendendo que as coisas não são bem assim”, complementou Ciro.
Na nota de solidariedade, os deputados cearenses manifestaram solidariedade ao senador e ratificaram o “privilégio de caminhar ao lado dele na construção de um estado mais justo e mais desenvolvido”. No documento, os parlamentares do PSB destacaram a postura política de Cid, lembrando que nas vitórias ou derrotas eleitorais, sempre soube se portar como um estadista. “Por isso é, e sempre será um exemplo a ser seguido”, afirmaram.

Na nota de desagravo, os deputados lembraram o episódio em 2020, quando o senador Cid Gomes foi baleado. Na ocasião, policiais amotinados haviam tomado um batalhão em Sobral. Cid tentou furar o bloqueio pilotando uma retroescavadeira, quando foi baleado. O movimento grevista contava com o apoio do Capitão Wagner. “O estado do Ceará nunca esquecerá da forma firme com que, na defesa da democracia, combatendo um motim criminoso que ameaçava todo estado, o senhor. foi alvejado e por apenas dois centímetros não perdeu a vida. Sua dimensão é reconhecida pela história, pelo legado e pelo sucesso nas urnas; porque a população cearense soube reconhecer no senhor todas as suas qualidades”, conclui o documento.


