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Fortaleza tem deflação em outubro; queda em habitação e transportes reduz pressão

Foto: Reprodução

O Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), considerado a principal medida da inflação, apresentou variação de -0,02% em outubro em Fortaleza e na Região Metropolitana, após elevação de 0,38% em setembro, uma redução de 0,40 ponto percentual. No acumulado de 2025, a inflação está em 3,46% e, em 12 meses, alcança 4,59%. Em outubro de 2024, a taxa havia sido de 0,46%. Os dados foram divulgados nesta terça-feira (11/11) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O resultado negativo de outubro reflete um alívio mais amplo, com destaque para três grupos que recuaram e contribuíram para conter o índice: Habitação (-0,70%), Transportes (-0,27%) e Comunicação (-0,13%). Entre os grupos com alta na RMF, as variações foram leves e concentradas em Educação (0,01%), Despesas pessoais (0,01%), Alimentação e bebidas (0,14%), Artigos de residência (0,38%), Saúde e cuidados pessoais (0,51%) e Vestuário (0,54%).

O desempenho do grupo Habitação segue sendo determinante para explicar a deflação do mês na RMF. Embora o IBGE não detalhe nesta publicação os subitens, a queda costuma estar relacionada às oscilações de energia elétrica residencial, aluguel e serviços domésticos. No caso dos Transportes, a retração ameniza parte das altas acumuladas no ano e indica um cenário mais favorável para os custos de deslocamento, componente sensível à renda familiar e às despesas logísticas das empresas. Comunicação também reforçou o recuo, possivelmente devido à redução em pacotes e serviços, o que tende a aliviar pressões de preços no curto prazo.

Entre os grupos com aumento na RMF, Vestuário (0,54%) e Saúde e cuidados pessoais (0,51%) lideraram os avanços. Artigos de residência (0,38%) sinaliza recuperação nos preços de bens duráveis e semiduráveis para o lar, enquanto Alimentação e bebidas (0,14%) manteve alta moderada, fator importante para o poder de compra das famílias, sobretudo as de menor renda. Educação e Despesas pessoais, com variações mínimas (0,01%), tiveram pouca influência no índice. Mesmo com a deflação do mês, a variação em 12 meses, de 4,59%, segue acima do centro da meta de inflação (3,0%).

Nacional

No contexto nacional, a inflação oficial desacelerou de forma significativa e registrou 0,09%, após 0,48% em setembro, o menor resultado para outubro desde 1998. Em 12 meses, o índice passou de 5,17% para 4,68%, voltando a ficar abaixo de 5% após oito meses, embora ainda acima do teto da meta (centro em 3%). O principal fator de desaceleração foi a energia elétrica residencial, com queda de 2,39%. A troca da bandeira vermelha patamar 2 para patamar 1 reduziu o adicional nas contas: de R$ 7,87 para R$ 4,46 a cada 100 kWh consumidos.

Após quatro meses de retração, o grupo Alimentação e bebidas mostrou estabilidade (0,01%), a menor variação para outubro desde 2017. Entre os destaques, arroz (-2,49%) e leite longa vida (-1,88%) recuaram, enquanto batata-inglesa (+8,56%) e óleo de soja (+4,64%) tiveram elevação. O resultado é positivo para o orçamento das famílias, dada a relevância do grupo na composição dos gastos mensais.

Entenda

O IPCA mede a variação de preços para famílias com renda entre um e 40 salários mínimos, enquanto o INPC acompanha os preços para famílias com renda de um a cinco salários mínimos. Ambos abrangem as regiões metropolitanas de Belém, Fortaleza, Recife, Salvador, Belo Horizonte, Vitória, Rio de Janeiro, São Paulo, Curitiba e Porto Alegre, além do Distrito Federal e dos municípios de Goiânia, Campo Grande, Rio Branco, São Luís e Aracaju, permitindo uma leitura comparável da evolução dos preços entre capitais e seus entornos.

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