Os casos de dengue em Fortaleza apresentaram uma queda neste ano. Entre janeiro e outubro de 2025, foram registrados 5.319 casos suspeitos, dos quais 352 foram confirmados, sem registro de óbitos. No mesmo intervalo de 2024, o município contabilizava 11.923 notificações, 3.197 confirmações e duas mortes, segundo dados da Secretaria Municipal da Saúde (SMS).
O último Levantamento de Índice Rápido do Aedes aegypti (LIRAa) de 2025, divulgado pela Prefeitura, indicou que a capital cearense apresentou índice de infestação de 1,01, percentual considerado satisfatório pelo Ministério da Saúde. Realizado entre 13 e 17 de outubro, o levantamento contou com a participação das equipes da Coordenadoria de Vigilância em Saúde (Covis), que vistoriaram 49 mil imóveis.

Desse total, 495 apresentaram focos de larvas do mosquito. Entre os 121 bairros avaliados, 67 registraram índice satisfatório, 42 ficaram em alerta e dois foram classificados em situação de risco: Paupina e Aerolândia. Nos bairros que apresentaram maior número de criadouros, as equipes de endemias intensificaram as ações de controle, com intervenções direcionadas aos pontos críticos.
Monitoramento
Para conter a circulação do vetor, a Prefeitura mantém ações permanentes de controle ao longo do ano, intensificando o trabalho antes e durante o período chuvoso. Geralmente, nessa época há um maior acúmulo de água em recipientes.
Entre as principais medidas adotadas estão visitas domiciliares, aplicação de inseticidas, atendimento a denúncias de focos pelo número 156, monitoramento do vetor, atividades educativas e de mobilização social. Além disso, há ainda o bloqueio de casos confirmados de arboviroses e o recolhimento de pneus e mutirões de limpeza.

Conforme o coordenador de Vigilância em Saúde, Josete Malheiro, o enfrentamento ao Aedes aegypti requer colaboração entre o poder público e os moradores. “As visitas domiciliares incluem inspeção das áreas internas e externas, orientação sobre medidas de prevenção e aplicação de larvicidas quando necessário. A população deve manter cuidados como verificar ralos, cisternas, caixas d’água e vasos de plantas, retirar pratinhos, tampar recipientes com água, descartar o lixo corretamente e manter piscinas tratadas, mesmo fora de uso”, orienta.
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