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MPCE denuncia grupo por comércio ilegal de animais silvestres

A 97ª Promotoria de Justiça de Fortaleza, vinculada ao Ministério Público do Ceará (MPCE), denunciou, nessa terça-feira (18/11), seis homens envolvidos em um esquema de tráfico de animais silvestres, associação criminosa e posse irregular de arma de fogo. Foram incluídos na denúncia Alex de Sousa Santos, Antônio Leão Neto, Silmauro Trajano da Silva, Carlos César Gonzaga da Silva Júnior, Marcos dos Santos Gonzaga e João Edjackson Silveira.

Com exceção deste último, todos foram detidos durante a 12ª fase da Operação Fauna Livre, deflagrada em 29 de outubro. Na ocasião, 90 aves foram resgatadas de um dos investigados.

A partir da identificação do nome de Alex Santos em diálogos interceptados com outros traficantes de fauna, o MPCE deu início às apurações que permitiram rastrear a atuação dos demais acusados. As autoridades constataram que o grupo comprava e vendia animais silvestres, conduta enquadrada na Lei de Crimes Ambientais (Lei nº 9.605/1998).

MPCE denuncia grupo por comércio ilegal de animais silvestres
Foto: Divulgação/MPCE

Segundo o órgão, as negociações eram realizadas em grupos de WhatsApp, com pagamentos efetuados por transferência bancária. Nesse contexto, cabia aos denunciados capturar, manter em cativeiro e transportar os animais até os compradores.

O grupo comercializava irregularmente espécies como jaguatiricas, macacos, tucanos, araras, papagaios e diversas aves, incluindo a jandaia, considerada ave-símbolo do Ceará e classificada como ameaçada de extinção. Há ainda indícios de que a atividade criminosa se estendia para além das fronteiras estaduais.

Ações

No âmbito da Operação Fauna Livre, equipes cumpriram mandados de busca e prisão preventiva em Fortaleza, Maracanaú, Camocim e Bela Cruz. Durante a ofensiva, além da prisão de cinco dos denunciados e do resgate das aves, foram apreendidas armas de fogo, carabinas de pressão e munições. Agentes do Ibama acompanharam as diligências e lavraram autos de infração.

Já no contexto nacional, a ação integrou a Operação Libertas, que reuniu os Ministérios Públicos, polícias Civil e Militar e órgãos ambientais de Alagoas, Bahia, Ceará, Maranhão, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e Santa Catarina. Além do tráfico de animais, as autoridades identificaram crimes conexos, como receptação, falsificação de documentos e sinais públicos, maus-tratos, organização criminosa e porte ilegal de arma de fogo.

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