Intitulada de “Rodas de Conversa ‘Invisíveis Marias’, essa ação tem o objetivo de prevenir adolescentes de serem vítimas de violência de gênero nas escolas do Ceará. A iniciativa ocorre em forma de palestra, direcionada ao público-alvo do projeto ligado ao Ministério Público Estadual. Nesta oportunidade, o município de Jucás recebeu as ações do projeto nesta segunda-feira (17/11), em programação que destacou as escolas como ambiente propício para a promoção deste debate.

Uma das atividades envolveu os alunos em uma visão de combate à violência de gênero com base no diálogo, na empatia e em um maior conhecimento de direitos, a exemplo da Lei Maria da Penha. De acordo com a subprocuradora-geral de Justiça de Governança, Daniele Fontenele, as rodas de conversa com os alunos são fortes ferramentas para que a ação desenvolvida atinja o objetivo.
“É uma responsabilidade coletiva educar meninos e meninas para o respeito mútuo. Portanto, é preciso estarmos atentos aos sinais de violência de gênero para agir, acolher, escutar, entender, dar apoio e fortalecer a rede de apoio. É um compromisso com o futuro”, enfatizou.
Para fortalecer o embasamento teórico, os facilitadores do projeto utilizaram o livro “Invisíveis Marias: histórias além das quatro paredes”. A obra, que já chegou em sua segunda edição, é de autoria da juíza Rejane Jungbluth Suxberger.
No livro, são reveladas as dores silenciadas de mulheres que buscaram na Justiça um amparo contra a violência, em forma de contos. Entre relatos de audiências e ecos de histórias reais, o livro expõe as marcas que não desaparecem com a sentença. “Mais do que literatura, é denúncia, memória e resistência, um convite à reflexão sobre a violência invisível que atravessa lares e gerações”, afirmou a juíza escritora da obra.


