
De Assis Diniz (PT), em seu discurso na Assembleia Legislativa, apontou o “Centrão” como um dos principais articuladores de um esquema de corrupção envolvendo o Banco Master. Essa instituição financeira ganhou destaque negativo por operar consideráveis volumes de recursos públicos e privados.
Na avaliação do deputado estadual, haveria manobras políticas e financeiras destinadas a favorecer determinados grupos dentro desse bloco. A operação Carbono Oculto, da Polícia Federal, investigou o dono do banco, acusado de movimentar mais de R$12 bilhões.
Essas operações financeiras suspeitas poderiam contar com possível influência política para obtenção de contratos, além de relações com figuras do alto escalão do Congresso. “Um dos maiores rombos da história do Brasil – escancarou a estreita relação dos esquemas de corrupção com políticos como Hugo Motta (Republicanos), Ciro Nogueira e Arthur Lira (PP). Há dois anos, Nogueira tentou alterar os valores do Fundo Garantidor de Valores”, listou.
Banco Master e possíveis ligações com o Centrão
Ainda segundo De Assis Diniz, outros episódios apontam para figuras desta ala política com suposto envolvimento nesse esquema de corrupção. “Aliás, o governador do DF, Ibaneis Rocha (MDB), demonstrou interesse em comprar a carteira do Master por meio do Banco de Brasília. O governador do RJ, Cláudio Castro (PL) usou R$900 milhões dos servidores aposentados no Master. Não à toa, todos estes políticos, ligados ao Centrão, queriam aprovar a vergonhosa PEC da Blindagem”, afirmou.
De Assis ainda questionou se políticos que dizem atuar no combate ao crime organizado e às facções não iriam ressaltar a operação da Polícia Federal que escancarou o caso do Banco Master.
“A preocupação do Guilherme Derrite, relator do PL Anti-Facção, é proteger estes interesses. A Carbono Oculto destrincha como setores poderosos se articularam para capturar o Estado. O fundamental agora é fortalecer os mecanismos de fiscalização, a transparência e o combate à corrupção. O Brasil precisa romper com velhas práticas que misturam negócios privados com dinheiro público”, avaliou.


