Instituído em 22 de novembro, o Dia Mundial de Combate à Dengue reforça a importância de eliminar criadouros do mosquito transmissor da doença. Em Fortaleza, a Prefeitura, por meio da Secretaria Municipal da Saúde (SMS), vem ampliando as ações de prevenção às arboviroses — dengue, zika e chikungunya — especialmente com a proximidade da quadra chuvosa.

As equipes realizam inspeções regulares em canais e galerias de drenagem. Quando são identificados focos positivos do mosquito, é aplicada uma solução inseticida biodegradável por meio de equipamentos portáteis de ultrabaixo volume (UBV). O trabalho inclui ainda atividades educativas e divulgação do serviço de denúncias pelo telefone 156. De agosto até agora, 583 quarteirões em diferentes regiões da cidade receberam intervenções.
De acordo com o coordenador de Vigilância em Saúde do município, Josete Malheiro, muitos dos locais atendidos estão próximos a canais ou galerias pluviais. “Os Agentes de Combate às Endemias realizam controle químico, avaliação de densidade larvária, identificação de obstruções e tratamento dos canais. O objetivo é reduzir os vetores e proteger a saúde pública”, explica.
Ações integradas ampliam o alcance das medidas
O manejo ambiental dessas áreas é feito de forma conjunta por vários órgãos municipais: Defesa Civil de Fortaleza (DCFor), Coordenadoria Especial de Apoio à Governança das Regionais (Cegor), Secretaria Municipal da Conservação e Serviços Públicos (SCSP), Secretaria da Infraestrutura (Seinf) e Autarquia de Urbanismo e Paisagismo de Fortaleza (UrbFor).
Desde janeiro, a Defesa Civil já realizou a limpeza de 34 lagoas, 143 canais e 10.403 bocas de lobo.
Segundo Haroldo Gondim, coordenador da DCFor, o período chuvoso exige atenção redobrada:
“A prevenção de doenças como dengue, chikungunya e leptospirose depende diretamente da limpeza urbana e da boa gestão dos recursos hídricos. O descarte irregular de lixo obstrui canais, favorece o Aedes aegypti e aumenta o risco de contaminação. Cada cidadão tem um papel essencial, porque a limpeza da cidade é nossa maior barreira contra essas enfermidades”, afirma.
Durante os trabalhos, equipes frequentemente encontram móveis, colchões e outros resíduos descartados de forma inadequada em canais. Para evitar o problema, Fortaleza dispõe de mais de 100 ecopontos distribuídos por todas as Regionais para o descarte correto de materiais volumosos.
Ações contínuas ao longo de todo o ano
Fortaleza apresenta atualmente baixa transmissão de Aedes aegypti graças a um conjunto de medidas mantidas durante todo o ano. Entre elas estão visitas domiciliares, uso de ovitrampas, monitoramento de pontos estratégicos, eliminação de focos, aplicação de fumacê leve (UBV intercostal) e reforço do controle químico em áreas com casos confirmados ou com grande circulação de pessoas.
Essas ações também priorizam bairros historicamente mais vulneráveis, garantindo maior cobertura preventiva e contribuindo para reduzir o risco de surtos durante a quadra chuvosa.
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