
A chamada decisão de mutirão, o mais relevante documento da COP30 a conferência sobre mudança climática das Nações Unidas, retirou o plano defendido pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para diminuir o uso de combustíveis fósseis, após o impasse sobre o tema ameaçar comprometer a negociação.
O texto, aprovado na tarde deste sábado (22) depois da construção de um consenso durante a madrugada, também contempla os interesses da Europa com uma formulação suave sobre o aumento de recursos destinados à adaptação.
Por outro lado, o documento inclui um reconhecimento inédito da relevância das comunidades afrodescendentes no enfrentamento da mudança climática e também dos territórios indígenas, além de mencionar pautas de gênero.
A decisão de mutirão foi uma tática da presidência da COP30 para reunir em um único debate os quatro assuntos mais controversos das tratativas climáticas: financiamento, metas mais ousadas de descarbonização, medidas unilaterais de comércio e os relatórios de transparência.


