O Radar do Varejo Cearense, divulgado nesta segunda-feira (24/11) pela Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas do Ceará (FCDL-CE), indica que o avanço da inadimplência no Estado vem perdendo intensidade. Em setembro de 2025, o número de consumidores com restrição de crédito havia crescido 10,9% em relação ao mesmo mês do ano anterior. Em outubro, porém, o índice desacelerou para 7,9%.
Mesmo com a redução no ritmo de alta, o levantamento mostra que o volume de pessoas inadimplentes permanece acima do registrado no ano passado. Conforme o Indicador de Inadimplência de Pessoas Físicas do Ceará, produzido pelo SPC Brasil, o total de negativados aumentou 7,9% em outubro de 2025 frente ao mesmo período de 2024.
Cada consumidor endividado acumula, em média, R$ 4.529. O valor indica um aumento de 8,9% na comparação anual. Entre os inadimplentes, 31,7% possuem dívidas de até R$ 500, 19,7% devem entre R$ 2,5 mil e R$ 7,5 mil, enquanto 16,7% têm compromissos acima de R$ 7,5 mil.

A análise ocorre em um contexto em que o varejo cearense mantém desempenho considerado robusto. “Os dados consolidados das vendas do comércio no terceiro trimestre indicam que o Ceará continua avançando no acumulado de janeiro a setembro de 2025, ainda que em um ritmo mais moderado do que no ano anterior. Essa desaceleração, alinhada ao movimento nacional, reforça que, mesmo enfrentando um ambiente desafiador, o varejo cearense demonstra resiliência e desempenho superior ao panorama brasileiro”, explicou o presidente da FCDL-CE, Freitas Cordeiro.
Mercado de trabalho
Dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) revelam que o Ceará criou 51.118 vagas formais entre janeiro e setembro de 2025, número inferior às 55.064 registradas no mesmo intervalo de 2024. Apesar da desaceleração, o volume de contratações permanece elevado e demonstra continuidade da atividade econômica.
Somente no mês de setembro de 2025, foram abertas 10.561 vagas com carteira assinada. O setor de serviços respondeu pela maior parte das oportunidades, com 3.727 novos postos, enquanto o comércio gerou 1.458 vagas, resultado de 12.698 admissões e 11.240 desligamentos.
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