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Sobral: mensagem vazada mostra fala do secretário da SESEP sobre os trabalhadores terceirizados da limpeza

Foto: Reprodução

Em Sobral, começou a circular nesta terça-feira (25) um áudio atribuído a Sidcley Tavares, secretário de Conservação e Serviços Públicos (SESEP), no qual ele comenta a situação contratual dos garis, que atuam de forma terceirizada na secretaria. O conteúdo rapidamente repercutiu na cidade.

No áudio, o secretário orienta como os trabalhadores da limpeza urbana devem ser conduzidos durante o processo de desligamento. Ele afirma que os garis cumpririam um aviso prévio de 40 dias para, depois disso, serem dispensados. Em outro trecho, Sidcley condiciona eventual retorno dos trabalhadores à manutenção de apoio político: “Depois que eles terminarem o aviso, aí a gente senta com eles, conversa, eles mantém o compromisso político com a gente, aí eu retorno eles.”

A fala surge em meio à concorrência eletrônica CP25002-SESEP, que prevê contratação de empresa para coleta, transporte e destinação de resíduos sólidos urbanos e demais serviços de limpeza. O processo foi retomado após ajustes no edital, feitos pela Prefeitura por meio de adendos que corrigiram falhas técnicas apontadas pelo TCE.

O tema também apareceu na Câmara Municipal, em sessão do dia 18 de novembro. Na ocasião, o vereador Camilo Motos (PSB) questionou as demissões dos terceirizados e cobrou garantia de rescisões e possibilidade de reaproveitamento dos trabalhadores.

O áudio ainda traz um trecho em que o secretário reforça a postura adotada com os garis: “Mas deixa eles um pouquinho no sol para eles sentirem.” A mensagem aparenta ter sido enviada em conversa informal, por meio do WhatsApp.

Sidcley Tavares assumiu o comando da secretaria em janeiro de 2025, após nomeação no Diário Oficial do Município. Em 2016, foi candidato a vice-prefeito na chapa “Somos Todos Sobral”, que tinha Moses Rodrigues como candidato a prefeito pelo MDB. A chapa acabou derrotada nas eleições.

A reportagem procurou a assessoria de imprensa da SESEP para confirmar a autenticidade do áudio e saber se a secretaria pretende se manifestar sobre o caso. Até o fechamento desta matéria, não houve retorno. Havendo atualização, o conteúdo será revisado.

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