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Transnordestina protocola nova documentação no Ibama e espera liberação para viagem inaugural

O diretor Comercial e de Terminais da Transnordestina Logística (TLSA), Alex Trevisan, informou nesta quarta-feira (26), durante o seminário da Expolog 2025, em Fortaleza, que toda a documentação exigida para a liberação da viagem inaugural da ferrovia foi protocolada no Ibama na última terça-feira (25).

A viagem, que estava prevista para ocorrer em 24 de outubro, foi adiada após o órgão ambiental negar a Licença de Operação (LO) por pendências técnicas. Trevisan explicou que o Ibama agora analisa os documentos enviados – uma etapa que classificou como “bastante trabalhosa”.

Segundo ele, a TLSA mantém diálogo constante com o órgão e está preparada para enviar complementações, caso sejam solicitadas. O executivo também destacou que não descarta a possibilidade de uma licença com condicionantes.

“Estamos conversando diariamente com o Ibama. Se houver necessidade de acrescentar algum documento, encaminharemos. Já estamos aptos a iniciar a operação”, reforçou Trevisan, acrescentando que a empresa aguarda apenas a autorização para começar a fase de testes.

Entre os pontos que ainda precisam ser solucionados estão:

  • Ausência de aprovação do Programa de Gerenciamento de Riscos (PGR);

  • Falta de manifestação favorável do Incra, já que o traçado da ferrovia atinge comunidades quilombolas;

  • Análise das informações adicionais enviadas pela TLSA relacionadas ao Plano Ambiental de Operação (PAO) e às condicionantes ambientais.

O trajeto inaugural deve transportar cerca de 20 vagões com milho e soja, ligando o sul do Piauí ao Porto do Pecém, no Ceará.

Em nota, o Ibama reafirmou que a Licença de Operação só será emitida quando todas as exigências forem plenamente atendidas e houver comprovação da viabilidade ambiental da ferrovia.

Próximas etapas da análise ambiental

Após o envio dos documentos, o processo segue as seguintes fases:

  1. Verificação de conformidade da documentação;

  2. Análise técnica dos estudos ambientais;

  3. Vistoria, caso necessária;

  4. Elaboração de parecer técnico recomendando aprovação, reprovação ou complementações;

  5. Publicação da decisão, podendo incluir a emissão da Licença de Operação.

Obras podem ser antecipadas

Trevisan também revelou que a TLSA planeja antecipar para o início de 2026 as obras no trecho entre Eliseu Martins e Itaueira, no Piauí — inicialmente previstas para 2027. A empresa pretende concluir essa etapa até o começo de 2028.

“O Nordeste precisa, a Transnordestina precisa, e queremos iniciar os fluxos de carga vindos do Matopiba para o Ceará, especialmente para o Pecém”, afirmou.

A expectativa é que a tramitação da licença avance ainda no primeiro trimestre de 2026.

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