Entre janeiro e outubro deste ano, o setor da construção civil no Ceará movimentou mais que todo o resultado acumulado em 2024. O levantamento do Sindicato das Construtoras do Ceará (Sinduscon-CE) em parceria com a Brain aponta o Valor Geral de Vendas (VGV) acima de R$ 6,6 bilhões. Este é o maior volume em dez anos considerando Fortaleza e Região Metropolitana.
No comportamento das vendas, o mercado imobiliário registrou 13.099 unidades comercializadas, avanço de 9% em relação ao mesmo período do ano anterior. Somente Fortaleza respondeu por 8.950 imóveis vendidos, incremento de 20% na comparação anual.
Em relação ao tipo de produto adquirido, os apartamentos seguiram predominantes e cresceram 22% nas vendas na Capital. Dentre eles, 3.948 unidades pertencem ao padrão econômico, um aumento de 19%, enquanto os demais padrões somaram 4.890 unidades, representando uma alta de 24%.

Segundo o diretor de Estatísticas do Sinduscon Ceará, Sérgio Macedo, o desempenho decorre do ritmo de absorção e dos lançamentos ofertados. Ele acrescenta que a expansão do segmento econômico não reduz a participação do alto padrão, que mantém demanda ativa.
No total de vendas estaduais, cerca de 70% correspondem a imóveis econômicos. O VGV, por sua vez, apresentou crescimento de 2% no ano, percentual inferior ao da quantidade de unidades negociadas em razão do maior volume de produtos de menor metragem e preço final.
Em termos financeiros, Fortaleza concentra R$ 4,8 bilhões do montante negociado. Desse valor, R$ 929 milhões são referentes aos empreendimentos econômicos e R$ 3,8 bilhões aos demais segmentos.
Lançamentos
Nos lançamentos imobiliários, foi registrado avanço de 43% entre capital e Região Metropolitana. O recorte destaca 10.060 novas unidades disponibilizadas em Fortaleza e 3.133 lançadas na RMF, somando produtos verticais e horizontais.

Para o Conselho Regional de Corretores de Imóveis do Ceará (Creci-CE), o cenário também se reflete na escolha geográfica de compra. Municípios como Eusébio, Caucaia e Aquiraz seguem em expansão, com Maracanaú concentrando mais unidades econômicas. Já na Capital, Beira-Mar, Meireles, Luciano Cavalcante, Guararapes, Aldeota e Dionísio Torres se mantêm entre as áreas mais procuradas.
A movimentação próxima ao traçado da Linha Leste do Metrô é outro ponto observado pelo Creci-CE. A previsão é de que regiões próximas às estações ganhem maior atenção à medida que a obra avance.
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