Divulgada nesta terça-feira (09/12), a pesquisa Ipsos-Ipec aponta que o presidente Lula (PT) lidera todos os cenários simulados para a eleição presidencial de 2026. O estudo registra 38% das intenções de voto, percentual que permanece inalterado diante de qualquer adversário testado.

Entre os nomes avaliados no levantamento, estão Tarcísio de Freitas (Republicanos), Ratinho Júnior (PSD), Ronaldo Caiado (União Brasil) e Romeu Zema (Novo), além de Michelle, Flávio e Eduardo Bolsonaro, todos do PL. O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), embora preso e inelegível, também foi incluído.
Na comparação entre os possíveis candidatos que possuem alguma ligação com Bolsonaro, Michelle aparece com o melhor desempenho, alcançando 23%. Em seguida surgem Flávio, com 19%, e Eduardo, com 18%. Tarcísio de Freitas registra 17% quando aparece como alternativa.
Segundo avaliação de Márcia Cavallari, diretora da Ipsos-Ipec, os resultados demonstram que Lula mantém “um piso consistente”, independentemente da composição adversária. “Os nomes da direita próximos ao ex-presidente performam em patamar similar, o que sugere que a definição do candidato tende a reorganizar votos dentro do mesmo campo, mais do que ampliar o alcance atual. Há espaço para movimentos, mas o ponto de partida da disputa não se altera”, comentou.
Nos cenários testados, todos eles apresentam Lula na liderança. As simulações foram organizadas da seguinte forma:
Cenário 1
- Lula (PT): 38%
- Tarcísio de Freitas (Republicanos): 17%
- Ratinho Júnior (PSD): 9%
- Ronaldo Caiado (União Brasil): 5%
- Romeu Zema (Novo): 5%
- Branco/nulo: 19%
- Indecisos: 8%
Cenário 2
- Lula (PT): 38%
- Flávio Bolsonaro (PL): 19%
- Ratinho Júnior (PSD): 9%
- Ronaldo Caiado (União Brasil): 7%
- Romeu Zema (Novo): 5%
- Branco/nulo: 17%
- Indecisos: 6%

Cenário 3
- Lula (PT): 38%
- Michelle Bolsonaro (PL): 23%
- Ratinho Júnior (PSD): 8%
- Ronaldo Caiado (União Brasil): 5%
- Romeu Zema (Novo): 4%
- Branco/nulo: 16%
- Indecisos: 5%
Cenário 4
- Lula (PT): 38%
- Eduardo Bolsonaro (PL): 18%
- Ratinho Júnior (PSD): 9%
- Ronaldo Caiado (União Brasil): 7%
- Romeu Zema (Novo): 5%
- Branco/nulo: 17%
- Indecisos: 6%
Rejeição e Reeleição
No quesito rejeição, Lula apresenta o maior índice, com 44%. Em seguida aparecem Flávio Bolsonaro (35%), Eduardo Bolsonaro (32%) e Michelle Bolsonaro (30%). Os percentuais mais baixos são observados entre Ratinho Júnior e Romeu Zema (13% cada), Tarcísio de Freitas (11%) e Ronaldo Caiado (10%). Aqueles que disseram que votariam em qualquer um somaram 1% e outros 7% não souberam ou não responderam.
A respeito de uma eventual candidatura à reeleição, a pesquisa mostra que 57% dos entrevistados consideram que Lula não deveria disputar um novo mandato. Outros 40% defendem que ele concorra novamente. Os índices representam cinco pontos de queda na rejeição e quatro pontos de avanço no apoio, em comparação ao levantamento de setembro.
Bolsonaro
Sobre a ausência de Jair Bolsonaro na disputa, o estudo identifica que 49% dos eleitores avaliam o cenário como negativo. Para 40%, a ausência seria positiva, enquanto 6% dizem não ver diferença. Outros 6% não souberam ou não responderam.

Quanto ao impacto do apoio de Bolsonaro a outros candidatos, 37% dos entrevistados afirma que isso não influenciaria sua decisão de voto. No entanto, 20% dizem que o apoio aumentaria muito sua disposição de votar no nome escolhido, ao passo que 25% afirmam que diminuiria muito.
Perfil ideal
O levantamento também questionou o perfil desejado para o próximo presidente. A maior parcela (38%) afirma não ter preferência ideológica desde que o governante tenha capacidade administrativa. Entre os que expressam preferência, 21% defendem alguém alinhado à “direita bolsonarista” e 15% desejam um presidente próximo à “esquerda lulista”.
Uma parte dos entrevistados, correspondente a 6%, prefere um gestor alinhado com a “direita não bolsonarista” e outros 3% demonstra preferência por um governante da “esquerda não lulista”, enquanto 10% afirma querer alguém alinhado com o “centro”. Não souberam ou não responderam, 6%.
Metodologia
Realizado entre os dias 4 e 8 de dezembro, o estudo ouviu dois mil eleitores em 131 municípios. A margem de erro é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos.
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