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Cagece desenvolve plano pioneiro de gestão de secas no Ceará

A Cagece está implementando um Plano Proativo de Gestão de Secas, voltado para antecipar e mitigar os impactos da escassez hídrica no Ceará. O objetivo do plano é fortalecer a segurança do abastecimento de água, reduzir efeitos econômicos, sociais e ambientais e organizar ações operacionais e institucionais conforme os níveis de seca nos mananciais e sistemas de abastecimento.

Desenvolvido em parceria com a Universidade Federal do Ceará (UFC), no âmbito do Programa Cientista Chefe de Recursos Hídricos, o plano é considerado o primeiro do tipo no Brasil voltado para sistemas urbanos de abastecimento de água em contextos de seca e escassez hídrica. O projeto adota uma abordagem baseada em gestão de risco e resposta escalonada, se alinhando com a iniciativas estaduais como a Política de Gestão Proativa de Secas e os Planos de Bacias Hidrográficas, Hidrossistemas e Cidades, com foco em sistemas de abastecimento de água.

Cagece desenvolve plano pioneiro de gestão proativa de secas no Ceará
Foto: Divulgação

“No mundo, poucos países como a Espanha e Estados Unidos possuem Planos com características proativas operacionais urbanos. No Brasil, o Ceará é o primeiro a desenvolver um plano proativo de gestão de secas para sistemas de abastecimento de água” afirma Cailiny Medeiros, gerente de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação Tecnológica na Cagece.

Estrutura do plano

O plano se apoia em quatro níveis de alerta, definidos a partir de indicadores de condição de seca e volumes dos açudes que abastecem os sistemas: Nível Normal, Nível de Alerta, Nível de Seca e Nível de Seca Extrema. Cada marco foi estabelecido com base em estudos hidrológicos, climáticos e históricos, incluindo variáveis pluviométricas e padrões das secas anteriores.

Cagece desenvolve plano pioneiro de gestão proativa de secas no Ceará
Foto: Divulgação

No Nível de Alerta, por exemplo, a Cagece inicia ações estratégicas antes que a seca se intensifique. Entre elas, a antecipação de licitações para aquisição de materiais, a avaliação de tarifas e medidas de contingência para redução de consumo e articulações institucionais com órgãos reguladores e governo do Estado.

Projeto piloto

A metodologia está sendo testada inicialmente em oito municípios. O sistema de Crateús já teve seu plano concluído. O próximo será o Sistema de Senador Pompeu, enquanto Fortaleza será o último a ser contemplado, permitindo que lições aprendidas nos demais sistemas orientem a implementação. A seleção dos sistemas considerou a existência de planos de hidrossistema e a validação da metodologia.

Após a conclusão do piloto, a Cagece pretende expandir o plano a todos os municípios sob sua concessão. O objetivo é ampliar a resiliência hídrica e a capacidade institucional de resposta a crises.

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