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Moraes teria pressionado Galípolo em meio à crise do Banco Master

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes teria feito contatos diretos com o presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, para tratar da situação do Banco Master, instituição que estava sob análise do órgão regulador.

Segundo as apurações jornalísticas, Moraes teria procurado Galípolo mais de uma vez ao longo de 2025, por meio de ligações telefônicas e ao menos um encontro presencial, durante o período em que o Banco Central avaliava alternativas para a instituição, incluindo uma possível operação de venda.

De acordo com os relatos, o ministro teria defendido uma solução que evitasse a intervenção no banco e buscado celeridade na análise da operação, o que foi interpretado por integrantes do Banco Central como uma tentativa de pressão institucional. O tema teria gerado desconforto interno por envolver um processo técnico de supervisão financeira.

O Banco Central manteve a análise sob critérios técnicos e, conforme noticiado, identificou indícios de irregularidades em operações financeiras, o que acabou inviabilizando a aprovação da transação em estudo.

Procurados, Alexandre de Moraes e Gabriel Galípolo não comentaram o teor das conversas. O Banco Central também não divulgou detalhes sobre contatos institucionais relacionados ao caso.

Relembre o caso Banco Master

O Banco Master entrou no centro das atenções após investigações apontarem irregularidades contábeis e financeiras, com suspeitas de um rombo bilionário. A situação levou o Banco Central a intensificar a supervisão sobre a instituição e a analisar alternativas para evitar riscos ao sistema financeiro.

Durante esse processo, veio à tona a existência de um contrato de prestação de serviços advocatícios entre o banco e o escritório da esposa do ministro Alexandre de Moraes, com valor global estimado em mais de R$ 100 milhões, caso fosse executado integralmente. O contrato foi encontrado durante investigações e passou a ser alvo de questionamentos públicos.

A revelação do contrato levantou debates sobre possível conflito de interesses, especialmente porque o Banco Master estava sob análise do Banco Central e envolvido em processos judiciais. Até o momento, não há decisão judicial que aponte ilegalidade por parte do ministro ou de seus familiares.

O banco segue sendo investigado, e os desdobramentos do caso continuam sob acompanhamento das autoridades e da imprensa.

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