O levantamento mais recente sobre registros civis no Brasil confirma a permanência de Helena como o nome mais escolhido no país. Em 2025, 28.271 crianças foram registradas com esse nome, mantendo a liderança pelo segundo ano consecutivo.
O resultado consolida um processo de ascensão que se intensificou ao longo da última década. Em 2015, Helena ocupava apenas a 45ª posição no ranking nacional. Dois anos depois, avançou para o 21º lugar e, em 2019, alcançou a 15ª colocação, até chegar ao topo da lista.
A liderança entre os nomes femininos foi registrada pela primeira vez em 2020 e se manteve nos anos seguintes. A única exceção ocorreu em 2022, quando Maria Alice superou Helena no número de registros.
Os dados integram um estudo elaborado pela Associação Nacional dos Registradores de Pessoas Naturais (Arpen-Brasil), com base em informações do Portal da Transparência do Registro Civil. Os registros analisados foram feitos em cartórios de todo o território nacional.
Nomes mais registrados no Brasil em 2025
- Helena: 28.271
- Ravi: 21.982
- Miguel: 21.654
- Maitê: 20.677
- Cecília: 20.378
- Heitor: 17.751
- Arthur: 17.514
- Maria Cecília: 16.889
- Theo: 16.766
- Aurora: 16.506
Ranking feminino
Entre os nomes femininos, além de Helena, destacam-se Maitê (20.677), Cecília (20.378), Maria Cecília (16.889) e Aurora (16.506). Também figuram na lista Alice (14.777), Laura (14.487), Antonella (10.436), Ísis (10.378) e Heloísa (9.703).
Ranking masculino
No grupo masculino, Ravi lidera com 21.982 registros, seguido por Miguel (21.654), Heitor (17.751), Arthur (17.514) e Theo (16.766). Completam o ranking Gael (16.201), Bernardo (15.395), Davi (14.425), Noah (14.182) e Samuel (14.021).
Motivações
Segundo o presidente da Arpen-Brasil, Devanir Garcia, a definição dos nomes vai além de preferências individuais e reflete tendências culturais, sociais e midiáticas que influenciam diretamente as famílias brasileiras. No período foi observado um crescimento consistente de nomes curtos e de fácil pronúncia.
A pesquisa aponta ainda para uma busca por simplicidade, sonoridade agradável e maior conexão internacional. Esse movimento, de acordo com a Arpen, combina a tradição, sobretudo de nomes bíblicos, com a originalidade impulsionada por referências do ambiente digital.
O instituto também aponta que o país é majoritariamente composto por Marias, Josés, Silvas e Santos. De acordo com os dados, seis em cada cem brasileiros são Marias, totalizando 12,3 milhões de pessoas com esse nome.
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