Mesmo diante dos efeitos do aumento de tarifas imposto pelos Estados Unidos sobre produtos brasileiros, a fruticultura do Ceará encerra 2025 com desempenho positivo. A produção de frutas frescas deve alcançar quase dois milhões de toneladas ao longo do ano, impulsionada por culturas como acerola, caju, manga, goiaba, banana, melancia, melão, limão e maracujá.
A produção abastece diferentes frentes do mercado interno, incluindo indústrias de polpas, redes de supermercados, escolas, programas de alimentação e o consumo direto da população cearense. O resultado reflete os investimentos contínuos dos produtores em qualidade e ampliação da produção, o que contribui para a manutenção da renda no campo.

No Vale do Jaguaribe, polo agroindustrial reconhecido nacionalmente pela produção de banana e melão destinados à exportação, a pitaya ganhou destaque ao registrar a maior produção concentrada em uma única área de plantio no país. A expectativa do setor é de crescimento dessa cultura já no próximo ano.
Apesar do cenário favorável, o segundo semestre apresentou desafios. O tarifaço norte-americano impactou diretamente itens como cera de carnaúba, castanha de caju e melão, levando produtores a buscar novos mercados na Europa e na Ásia. Como estratégia de diversificação, houve também ampliação de áreas cultivadas com culturas alternativas, como o açaí.

Ainda assim, a fruticultura, com destaque para melão e manga, teve papel relevante no comércio exterior cearense. O setor contribuiu para um crescimento de 36% nas exportações totais do Estado em relação ao ano anterior, que somaram US$ 1,5 bilhão entre janeiro e agosto. O resultado está associado à abertura de novos mercados, ao aumento dos investimentos no agronegócio e à estrutura logística do Porto do Pecém.
A expectativa é encerrar 2025 com cerca de 600 mil toneladas comercializadas nos mercados do Ceará. Além da produção in natura, a fruticultura também impulsiona a indústria de frutas desidratadas, voltada ao consumo prático no trabalho ou na escola.
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