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Silvinei Vasques é preso no Paraguai

Na foto, o ex-diretor da Polícia Federal, Silvinei Vasques – Reprodução: Carolina Antunes/Polícia Federal

O ex-diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal (PRF), Silvinei Vasques, foi preso no Paraguai após romper a tornozeleira eletrônica que utilizava por determinação judicial. O equipamento de monitoramento foi encontrado abandonado em uma rodoviária de Ciudad del Este, na fronteira com o Brasil, na madrugada desta segunda-feira (29), segundo informações confirmadas pela Polícia Federal.

Vasques foi detido na última sexta-feira (26) no Aeroporto Internacional Silvio Pettirossi, em Assunção, quando tentava embarcar para El Salvador utilizando documentos falsos. A identidade do ex-diretor da PRF foi confirmada pelas autoridades paraguaias após verificação biométrica.

Após a prisão, ele foi expulso do Paraguai e entregue à Polícia Federal brasileira, sendo conduzido para Brasília, onde permanece sob custódia.

Tornozeleira ficou sem sinal na madrugada de Natal

De acordo com a Polícia Federal, a tornozeleira eletrônica de Silvinei Vasques deixou de emitir sinal na madrugada do dia 25 de dezembro, o que levantou suspeitas de fuga. Diante do descumprimento das medidas cautelares, o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou a prisão preventiva do ex-diretor da PRF.

O dispositivo de monitoramento foi localizado posteriormente no banheiro do terminal rodoviário de Ciudad del Este, em uma ação conjunta das autoridades paraguaias e brasileiras. O equipamento foi apreendido e encaminhado para perícia.

Defesa pede transferência de presídio

Em nota, a defesa de Silvinei Vasques informou que solicitou à Justiça a transferência do ex-diretor da PRF do Complexo Penitenciário da Papuda, em Brasília, para um presídio no estado de origem do investigado. Segundo os advogados, o pedido se baseia em razões de ordem pessoal e no direito de o preso cumprir a custódia provisória mais próximo da família.

Até o momento, não há decisão judicial sobre o pedido de transferência.

Condenação e contexto

Silvinei Vasques foi condenado pelo STF a mais de 24 anos de prisão por crimes relacionados à tentativa de golpe de Estado e por sua atuação durante o período eleitoral de 2022. Apesar da condenação, ele cumpria prisão domiciliar, com uso de tornozeleira eletrônica, enquanto aguardava o andamento de recursos judiciais.

Com a tentativa de fuga, o rompimento do monitoramento eletrônico e o uso de documentos falsos, Vasques pode responder por novos crimes, além do agravamento de sua situação penal.

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