O jogo de damas, em seu sentido lato, é um eficiente meio estimulador da inteligência. O espaço do jogo nos espaços da comunidade permite que a sociedade e o educando, e até mesmo o educador ou organizador, realize tudo quanto deseja. Quando entretido em um jogo de damas, o participante é quem quer ser, ordena o que quer ordenar, decide sem restrições. Graças a ele, pode obter a satisfação simbólica do desejo de ser grande, do anseio em ser livre.
Benefícios
Socialmente, o jogo impõe o controle dos impulsos, a aceitação das regras, mas sem que se aliene a elas, posto que sejam as mesmas estabelecidas pelos que jogam e não impostas por qualquer estrutura alienante. Jogando, a criança ou idoso se envolve na fantasia e constrói um atalho entre o mundo inconsciente, onde desejaria viver, e o mundo real, onde precisa conviver. Para GARDNER (1999) o jogo não se liga a interesses materiais imediatos, mas absorve o educando, estabelece limites próprios de tempo e de espaço e o desenvolvimento das inteligências. Nesse sentido, o jogo na escola é semelhante a uma pedra redonda rolando ribanceira a baixo. A força necessária torna-se insignificante diante da grandeza do resultado.
Tratam-se, sem dúvida, de um exercício intelectual que vai além de um entretenimento, capaz de desenvolver a mente do praticante, permitindo o desenvolvimento de suas inteligências múltiplas, tais como: (lógico matemática, linguística, espacial, musical, sinestésica, intrapessoal e interpessoal), de seus processos mentais superiores (memória, atenção, percepção, raciocínio, criatividade), de princípios e valores éticos morais (prudência, perseverança, bom senso, paciência, disciplina, respeito, autocontrole e autoconfiança). (GARDNER (2001); VYGOTSKY (1999), PIAGET, (1991)).
A história do jogo de Damas pode ser rastreada, documentalmente, desde o berço da civilização. Vestígios deste jogo foram descobertos através de expedições arqueológicas na China, em Ur, na antiga Mesopotâmia, atual Iraque, e no Egito, datados por processos científicos em torno de 3.000 a.C.
No último ano do século XV, 1500, enquanto o Brasil estava sendo “descoberto” por Portugal, surgiram na Rússia, Inglaterra e na França os primeiros livros acerca das regras do jogo de Damas. Dois séculos depois, tornou-se um jogo de grande popularidade.
Dando um salto no tempo, em 1952, o norte americano Arthur Samuel, criou o primeiro programa de Damas usado por um computador, o que permitiu com a invenção da Internet, tornar se um jogo globalizado.
Na história do Brasil, há relatos que em 1808, quando da vinda da família real para cá, D. João VI trouxe o primeiro livro de jogo de Damas, de autoria do espanhol Juan Canalejas, intitulado “Libro del Juego de las Damas”.
Os primeiros torneios apresentando uma organização profissional aconteceram em 1935, no Rio de Janeiro. Nessa época surgiu o fenômeno Geraldino Izidoro da Silva, que publicou os dois primeiros livros de jogo de Damas. Tanto é assim que o dia 9 de maio é o dia do damista brasileiro,
Em homenagem ao seu aniversário. Vale ressaltar que em 1967, foi criada a Confederação Brasileira de Jogos de Damas, com sede em Niterói, Rio de Janeiro.
Na história geral do jogo de Damas, vários brasileiros despontam como grandes campeões mundiais, elevados à condição de Grandes Mestres, entre o quais se destaca o cearense, residente em Horizonte desde 2012 e que chancela o presente projeto, Francisco Marcelo de Araújo de Oliveira, com um valioso currículo que o torna uma celebridade mundial nesse esporte.
OBJETIVO GERAL
A ideia é ativar a Federação Cearense do Jogo de Damas realizando em vários municípios, bairros e órgãos públicos e privados o Jogo de Damas , realizando eventos, torneios,aulas, simultâneas, dando oportunidade para os idosos,crianças ter o jogo lúdico como suporte pedagógico para o desenvolvimento intelectual do educando nas vertentes cientifica, matemática, artística e esportiva, auxiliando no seu rendimento escolar e na sua saúde mental. Necessitamos de apoio de todos.