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Empreendedorismo: cada vez mais mulheres investem no próprio negócio

No dia 8 de março é comemorado o Dia da Mulher e atualmente muito se fala sobre empreendedorismo feminino. A aceitação e participação das mulheres no ramo empresarial vem crescendo a cada dia, apesar de não ser uma tarefa fácil e as mulheres ainda enfrentarem muitas dificuldades para alcançar o sucesso.

(Foto: Reprodução / Internet)

De acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNADC), realizada pelo IBGE, aponta que cerca de 9,3 milhões de mulheres comandam empresas no Brasil atualmente, representando 34% de todos os donos de negócios. O País ocupa a 7ª posição entre as nações com o maior número de mulheres empreendedoras, segundo relatório da Global Entrepreneurship Monitor (GEM), que analisou 49 nações. No caso do Ceará, de acordo com o SEBRAE, 45% das micro e pequenas empresas são administradas por mulheres.

Ainda de acordo com o relatório da Global Entrepreneurship Monitor (GEM), 69% das mulheres que empreendem têm graduação ou pós-graduação, mesmo com o fato de ter que equilibrar a rotina entre serviços domésticos e a jornada de trabalho.

Fatores como desemprego e maior autonomia no horário de trabalho contribuem para atrair o interesse do público feminino pelo empreendedorismo, conforme explica a professora do curso de Administração do Centro Universitário de Juazeiro do Norte- UniJuazeiro, Caroline Fiuza. “Um dos principais motivos, sem dúvidas, é a necessidade de obter uma fonte de renda, considerando que muitas vezes, estas mulheres se encontram desempregadas e sem perspectiva de volta ao mercado.

O empreendedorismo auxilia também a se manterem próximas dos filhos e do trabalho, além de oportunizar o contato com o trabalho que elas realmente gostam. Por fim, o empreendedorismo feminino é capaz de empoderar mulheres e proporcionar a independência financeira para prover a família”, afirma.

Foi o caso da aluna do último semestre curso de Gastronomia do Centro Universitário Maurício de Nassau, em Fortaleza, Rebecca Santiago. Ela trabalha como autônoma vendendo bolos personalizados para qualquer tipo de ocasião. “Eu sempre fui apaixonada por essa área e tenho experiência profissional em grandes confeitarias. Resolvi investir no empreendedorismo porque tenho liberdade para criar e ter a minha própria identidade, além de fazer o meu próprio horário.  Quando você está prestando serviço para uma empresa, isso não é possível, pois tem que fazer de acordo com o que a empresa pede”, justifica.

Além da jornada dupla ou tripla de trabalho, as mulheres possuem outros desafios no ramo do empreendedorismo, conforme relata a professora Caroline Fiuza: “Os desafios enfrentados pelas mulheres que decidem empreender são inúmeros, iniciando por fatores como preconceito e desigualdade de gênero, no qual somos diariamente desafiadas a demonstrar nossa competência a frente de negócios.

O fato de ter que gerenciar tantas atividades também  é, sem dúvidas, desafiador. Outro aspecto relevante a ser citado, é a ausência de incentivo, a maioria das empreendedoras precisam conviver com a falta de encorajamento vindo de amigos e até mesmo familiares, tornando esta trajetória muito mais difícil”, completa.

Para Rebecca, além dos desafios já mencionados, acrescenta-se o fato de a pandemia do coronavírus obrigar os profissionais a se reinventarem: “No meu caso os desafios estão sendo ainda maiores, pois estamos enfrentando um período em que as pessoas não estão realizando festas e todos somente se preocupam com a saúde. É o momento dos empreendedores investirem em alternativas seguras e atrativas  para atrair clientes. Pretendo, em um  futuro próximo, abrir meu próprio espaço físico”, avalia.

Assim como no caso de Rebecca, Caroline Fiuza orienta as mulheres a empreenderem em um ramo que tenham afinidade para conseguirem melhores resultados. “Empreender é imensamente desafiador e quando estamos atuando em um seguimento que gostamos verdadeiramente, encontramos motivação para superar os obstáculos. Em seguida, estudem sobre empreendedorismo, gestão empresarial, plano de negócio e estratégia.

No Brasil, a maioria dos negócios não sobrevive pela ausência de conhecimento por parte dos empreendedores, portanto, busquem este conhecimento e sobretudo, pratiquem, desenvolvam uma gestão organizacional eficiente, para assim, profissionalizar seu negócio, tornando-o competitivo”, aconselha.

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