Em visita a Baku, no Azerbaijão, onde participa da 29ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP29), o vice-presidente da República, Geraldo Alckmin, classificou como “graves” as explosões ocorridas na Praça dos Três Poderes, em Brasília. O caso ocorreu na noite desta quarta-feira (13/11).
“Triste e grave. Triste pela perda de vida e grave por ser um atentado a uma instituição da República, a um poder da República, que deve ser apurado com extrema rapidez e extremo rigor. E é isso que acredito que os órgãos de segurança o farão”, afirmou.
Embora Alckmin veja o episódio como um evento isolado, ele destacou a importância de continuar o trabalho para evitar a violência e preservar a paz e a democracia no país. Ele acrescentou, ainda, que não vê ameaças à segurança do encontro do G20, marcado para começar no Rio de Janeiro nesta quinta-feira (14/11).
As explosões foram registradas no início da noite, nas proximidades do Supremo Tribunal Federal, que precisou ser evacuado. A ocorrência resultou na morte de uma pessoa, conforme confirmado pelo Corpo de Bombeiros do Distrito Federal. O carro encontrado no local foi identificado como pertencente a Francisco Wanderley Luiz, conhecido como Tiu França, natural de Rio do Sul, Santa Catarina. Ainda que a identidade da vítima não tenha sido oficialmente confirmada, familiares reconheceram o veículo por imagens exibidas na mídia.
Para investigar o ataque, a Polícia Federal (PF) iniciou uma operação com técnicas avançadas, como a reconstituição virtual em 3D do local do incidente, procedimento semelhante ao usado nos atos de 8 de janeiro de 2023, quando houve ataques aos edifícios dos Três Poderes. A equipe da PF já começou a coletar vestígios e especialistas do Instituto Nacional de Criminalística (INC), com experiência em perícia de explosivos, foram chamados para auxiliar.
Esses indícios serão analisados a fim de identificar o tipo de explosivo utilizado, sua origem e outras pistas que ajudem a compreender se a ação foi planejada e se contou com o apoio de terceiros. Em nota nas redes sociais, Paulo Pimenta, ministro da Secretaria de Comunicação Social, expressou confiança no trabalho da Polícia Federal para elucidar o caso.
“Já sabemos que foi muito grave o que aconteceu. Já sabemos que o carro com os explosivos pertence a um candidato a vereador do PL de SC. Provavelmente a perícia vai confirmar que se trata da mesma pessoa que tentou entrar no STF depois morreu detonando explosivos na área externa no tribunal”, comentou.
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