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Alunos da UECE reivindicam prorrogação de contratos dos professores após risco de perda do semestre

Foto: Bárbara Moira

Estudantes da Universidade Estadual do Ceará (UECE) demonstram preocupação diante da falta de professores, o que põe em risco a continuidade do semestre. Segundo informações contidas numa carta pública que foi redigida pelos alunos, a instituição está com ausência de docentes para formação acadêmica de diversos cursos e os contratos dos professores temporários não foram prorrogados.

Muitos estudantes fizeram uso de suas redes sociais como manifesto de reivindicação às autoridades responsáveis para que tomem as devidas providências. Através de um comentário numa publicação, o Reitor da UECE, Hidelbrando Soares, declarou estar ciente da situação e que o processo de seleção para professores aguarda autorização financeira do Governo do Estado.

 

A aluna Emanuelle Pereira Nascimento, acadêmica de Filosofia, informou ao “A Notícia do Ceará” que a Universidade se posicionou dizendo que alguns contratos de professores temporários foram renovados até o fim de outubro e que será feita uma nova seleção. Porém, nada foi dito sobre o que acontecerá quando os contratos se encerrarem para o restante dos professores, pois não há mais prorrogação e ainda não há data prevista para o concurso.

Após a perda de uma parte do corpo docente e a outra estar com os dias contados, os alunos enfrentarão um período de 45 dias a 2 meses com escassez de professores, e é possível que o prazo se estenda ainda mais.

Uma fonte que preferiu não ser revelada cedeu dados que trazem números sobre a saída dos professores da instituição. Entre janeiro de 2007 e março de 2021, 446 professores se ausentaram e 232 foram admitidos, o que causa um déficit de 214 profissionais. Número esse que aumenta dia após dia, o que fica evidente pela solicitação de 296 vagas para seleção de professores atualmente.

A organização da assembleia está sendo feita pelos alunos Emanuelle Pereira Nascimento, Antônio Flor de Sousa Junior, Johnny Levy Oliveira, Kawoana Soares, Pedro Diógenes Medeiros e Quezia Virgínia de Oliveira, dos cursos de Filosofia, Ciências Sociais, Matemática, Medicina e Serviço Social. Porém, o movimento é uma construção orgânica de todos os alunos.

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