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Anatel identifica brecha utilizada e X é multada em R$ 5 milhões

A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) revelou nesta quinta-feira (19/09) como usuários conseguiram acessar a rede social X, apesar do bloqueio imposto pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Segundo a Anatel, a rede social implementou uma atualização operacional que alterou o endereço eletrônico, agora hospedado nos servidores da empresa norte-americana Cloudflare, especializada em segurança digital.

No dia 18 de setembro, muitos usuários relataram ter acessado a rede social sem o uso de ferramentas como Virtual Private Network (VPN), normalmente usadas para contornar bloqueios. Em resposta, a Anatel, em parceria com provedores de telecomunicações e a Cloudflare, identificou o recurso que permitiu a quebra da suspensão e afirmou que espera garantir o cumprimento da determinação judicial.

A Associação Brasileira de Provedores de Internet e Telecomunicações (Abrint) também divulgou um comunicado, explicando que a rede X mudou sua estrutura de hospedagem para a Cloudflare. Diferente da configuração anterior, que utilizava endereços IP específicos passíveis de bloqueio, a nova estrutura compartilha endereços com serviços legítimos, como bancos e grandes plataformas de internet, dificultando o bloqueio seletivo.

Anatel identifica brecha utilizada e X é multada em R$ 5 milhões
Foto: Reprodução

De acordo com a Anatel, essa alteração teve como objetivo claro contornar a suspensão ordenada pela Justiça. O órgão regulador criticou a ação da rede social, destacando que novas tentativas de driblar a decisão do STF serão tratadas com medidas cabíveis.

O STF também reagiu à manobra da plataforma. O ministro Alexandre de Moraes multou a empresa em R$ 5 milhões por dia, caso o acesso continue disponível. Caso o X não cumpra a penalidade, a Starlink, outra empresa de Elon Musk, será responsabilizada pelos valores. A decisão foi publicada através de um edital de intimação, visto que a rede social não possui representação legal no Brasil.

No documento, Moraes ordena a suspensão imediata dos novos acessos via servidores da Cloudflare e outras redes de entrega de conteúdo (CDN), como Fastly e Edgeuno, sob pena de multa diária. A aplicação da multa já está em vigor e o período de duração será definido de acordo com o tempo em que o bloqueio foi desrespeitado. Mesmo após a sanção, a plataforma continua acessível no país.

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