PUBLICIDADE

Anizio Melo reclama da “letargia” do Governo Elmano com relação à Educação

Em estado de greve desde o último dia 15 de março, os professores das rede estadual de ensino, representados pelo Sindicato Apeoc, cobram do governador Elmano de Feitas (PT), uma resposta à luta da categoria. Em entrevista exclusiva ao programa A Notícia do Ceará, da Rede ANC, o presidente do Sindicato, professor Anizio Melo, fez o apelo: “O Governo Elmano de Freitas precisa acordar, sair dessa letargia em que se encontra em relação ao processo de negociação que nós estabelecemos desde o mês de janeiro”, disse.

Anizio Melo cobra do Governo do Estado, a aplicabilidade do piso na carreira, o pagamento das dívidas relacionadas  à campanha salarial de 2023, promoções retroativas do piso, entre outras reivindicações da categoria. Conforme o dirigente sindical, o movimento quer abrir o diálogo com Elmano de Freitas para discutir pautas importantes para a educação, como a aplicação dos recursos do Fundef.  Ele defende que os recursos sejam aplicados não apenas em novas escolas, mas também na recuperação de unidades mais antigas e que precisam de reforma. “Então no Governo do Estado, até o momento, o time está desentrosado. Parece que está no vestiário e o técnico não sabe para onde dirigir esse time”, disparou.

De acordo com Elmano de Freitas, é necessário um trabalho conjunto para dar a paz e tranquilidade que o Ceará necessita - (Foto: Ascom/Casa Civil)
(Foto: Ascom/Casa Civil)

Conforme o presidente do Sindicato Apeoc, nesta terça-feira (19/03) haverá uma mobilização nacional sobre a pauta da educação. Aqui no Ceará, uma nova Assembleia Geral da categoria será realizada no próximo dia 26, quando haverá uma paralisação geral dos professores da Capital e Interior. Na ocasião haverá o indicativo de greve geral no início de abril. “Esperamos que até lá o governo Elmano de Freitas diga a que veio em relação à educação”, afirmou.

Anizio reconhece alguns avanços na educação e citou como exemplo a convocação dos concursados. Mas reclama a falta de diálogo do Governo na discussão da pauta da categoria. “Mas o diálogo se esgota quando o governo não apresenta uma proposta. Por isso, é estado de greve interior e Capital”, reclamou.

Com a situação do estado de greve, Anísio explicou que a categoria estadual passa a acompanhar a pauta nacional. Os educadores querem a manutenção do piso salarial, o estabelecimento de diretrizes nacionais de carreira, a  preservação dos recursos do pré-sal para a Educação.

Na pauta nacional o Sindicato defende ainda, a destinação de 10% do Produto Interno Bruto (PIB) para a educação e a implantação do novo ensino médio nos moldes como foi discutido e construído com a sociedade. Anísio explicou que a luta não é apenas para a categoria, mas para benefício de toda a educação. Por isso ele clama pelo engajamento de pais, alunos e sociedade nessa mobilização.

Em diversos eventos de entrega de obras e serviços, Elmano tem reiterado o compromisso em dar continuidade ao trabalho de Camilo Santana - (Foto: Reprodução/Internet)
(Foto: Reprodução/Internet)

Com relação ao desempenho do Ministério da Educação, comandado pelo ex-governador Camilo Santana, Anizio reconhece a importância de alguns programas desenvolvidos pela Pasta, mas ele defende políticas permanentes de fortalecimento da Educação. “Entendemos o importante processo de universalização das escolas em tempo integrais, mas temos escolas no Ceará que ainda estão com as condições precárias. Entendemos que o pé-de-meia é importantíssimo, retirando recursos do pré-sal que nós conquistamos, cerca de 20 bilhões para o pé de meia, mas ele é política paliativa”, avaliou.

Na opinião do dirigente sindical, o ciclo da violência é rompido a partir do fortalecimento das políticas de educação. Além de cobrar mais diálogo por parte do Governo Elmano de Freitas, Anísio Melo também pede mais diálogo por parte de Camilo Santana. “Nós temos um ministro da Educação e esse ministro da educação precisa também ouvir mais, conversar mais, e não apenas ficar em programas e projetos que para nós não são estruturantes”, criticou.

Anizio Melo adiantou que se até a paralisação geral do próximo dia 26 não houver uma posição do Elmano de Freitas com relação à pauta dos professores, a greve geral dos professores estaduais deve ser deflagrada no dia 08 de abril, em manifestação no Palácio da Abolição.

Acompanhe aqui a entrevista na íntegra:

 

WhatsApp
Facebook
Twitter
Telegram
Imprimir