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Após a quadra chuvosa, açudes continuam transbordando no Ceará

Mais de dois meses depois do término da quadra chuvosa, quatro açudes no Ceará ainda estão transbordando. Esses açudes fazem parte da bacia hidrográfica Metropolitana e incluem os reservatórios Germinal em Pacoti, Pesqueiro em Capistrano, Sítios Novos em Caucaia e Tijuquinha em Baturité. Além destes, 54 dos 153 reservatórios monitorados pelo Governo do Estado estão com seus volumes superiores a 90% da capacidade.

O período chuvoso deste ano, que vai de fevereiro a maio, trouxe um total de 764,8 milímetros de precipitação. O número supera a média histórica de 609,2 mm em 25,6%, de acordo com a Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme). Este volume é o mais alto desde 2009, quando foram registrados 966,7 mm.

O resultado deste ano contrariou as previsões iniciais, que apontavam para uma possível seca em 2024. Em julho, 24 reservatórios ainda estavam em nível de sangria, o que foi considerado o segundo melhor desempenho desde 2014, conforme dados do Portal Hidrológico da Funceme.

Após a quadra chuvosa, açudes continuam transbordando no Ceará
Na foto, o Açude Tijuquinha, em Baturité. (Foto: Cogerh)

Tercio Tavares, diretor de operações da Companhia de Gestão dos Recursos Hídricos do Ceará (Cogerh), ressaltou que o fato de açudes continuarem transbordando após dois meses do fim da quadra chuvosa é um fenômeno surpreendente e positivo. Ele fez uma análise das condições dos reservatórios para o segundo semestre e comparou a situação climática com 2023, um ano marcado por temperaturas recordes.

Apesar do volume geral de água estar acima da média, dois municípios enfrentam a possibilidade de seus principais açudes secarem completamente no segundo semestre de 2024. Estes são Independência, com os reservatórios Barra Velha e Cupim, e Quiterianópolis, com o reservatório Colina.

Em resposta à preocupação sobre o abastecimento nesses municípios, Tercio garantiu que a Cogerh e outras instituições estão atentas à gestão dos recursos hídricos e às crises locais. “Considerando Independência e Quiterianópolis, nós temos um sistema de gestão de água que nos permite transferir água entre bacias e interbacias. Nesse caso do Sertão de Crateús, nós temos outros reservatórios fora do município com capacidade suficiente para fazermos uma transferência para a população. Então, a população não será afetada em nenhuma situação. Nós temos garantia a partir de outros reservatórios e municípios circunvizinhos”, explicou.

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