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Após acionamento da bandeira amarela em junho, energia fica mais cara

Em razão de condições desfavoráveis para a geração de energia no Brasil, foi anunciado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) que, durante o mês de julho, terá a bandeira tarifária amarela. Isso fará com os consumidores tenham um aumento de R$ 1,885 a cada 100 kWh consumidos.

A ANEEL tomou essa decisão depois da bandeira amarela sofrer uma redução de 37% em seu valor, no que foi aprovado em março deste ano, fazendo com que fosse ajustado de R$ 2,989/KWh para R$ 1,885/KWh.

A bandeira amarela foi acionada em decorrência à previsão de chuvas abaixo da média em 50% até o final do ano, fora o aumento da carga e do consumo de energia no período. Essa falta de precipitações, juntamente com temperaturas acima da média histórica para o inverno, faz com que termelétricas tenham que trabalhar mais, e elas possuem energia mais cara que as hidrelétricas.

Além disso, outros fatores que corroboraram para o acionamento da bandeira amarela foi risco hidrológico (GSF) e o aumento do Preço de Liquidação de Diferenças (PLD), com o Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE) não autorizando despachos fora da ordem do mérito (GFOM).

Após 26 meses seguidos com bandeira verde, essa será a primeira vez que a bandeira amarela será acionada desde  de 2022. Vale lembrar que o sistema de bandeiras tarifárias possibilita que os consumidores tomem decisões informadas sobre seu consumo de energia, colaborando na redução dos custos operacionais do sistema e minimização da necessidade de uso de termelétricas.

O valor operacionais, antes da criação das bandeiras, eram repassados apenas nos reajustes tarifários anuais, não fornecendo um sinal claro sobre o custo atual da energia. Agora os consumidores tem uma função mais ativa na gestão de sua conta de energia, dando a possibilidade de ajustar o seu consumo seguindo a bandeira operante.

Helder Cavalcante, especialista em finanças, avalia que a decisão de acionar a bandeira tarifária amarela em julho é devido ao cenário que o setor elétrico brasileiro se encontra, no qual há vários fatores climáticos adversos e aumento na demanda por energia.

“Com a previsão de chuvas abaixo da média e temperaturas elevadas, as hidrelétricas enfrentam restrições na geração, levando ao acionamento das termelétricas, cujo custo de produção é mais alto. Esse contexto não apenas impacta o bolso dos consumidores, que verão suas contas de energia encarecidas, mas também ressalta a importância da conscientização sobre o uso racional e eficiente da eletricidade”, comentou Helder.

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