Um dia depois do anúncio do contingenciamento orçamentário da Prefeitura de Fortaleza para o ano de 2025, o sindicato que representa os trabalhadores terceirizados repudiou a confirmação da decisão da equipe de Evandro Leitão (PT), e pediu reunião com o prefeito para tratar do tema. É esperado um corte de 30% nos mais de 26 mil terceirizados contratados na capital.
“Não é possível se falar em cortar 30% dos terceirizados que trabalham para a Prefeitura de Fortaleza, quando na verdade vivemos um cenário de falta de trabalhadores, em que seria necessário contratar mais terceirizados para garantir a prestação dos serviços públicos à população”, destaca Penha Mesquita, presidente do Seeaconce, que representa a categoria, que reforça que a medida pode trazer prejuízos para população.
Se posicionando contra a medida, lideranças da categoria terceirizada querem se encontrar com o prefeito a fim de alinharem temas relacionados ao trabalho que desenvolvem em vários setores da prefeitura, como os “constantes atrasos de salário e de direitos como vale-alimentação, a necessidade de mais fiscalização do Município sobre as empresas de contratação de trabalhadores terceirizados, a luta contra o assédio moral, o direito ao adicional de insalubridade das merendeiras das escolas públicas municipais, a garantia de respeito aos terceirizados e de condições de trabalho adequadas”, destaca o comunicado do Seeaconce.
“Como é que se pode falar em corte de 30%? Por que esse percentual tão elevado, se a cidade vem na verdade de desafios grandes, na educação, na saúde, em todas as áreas? Os terceirizados de asseio e conservação estão presentes em todas as secretarias e em todos os equipamentos públicos, escolas, unidades de saúde, todos. Sem eles, não há condição de os serviços serem prestados. Falar em cortar 30% desses trabalhadores é absolutamente inviável e traria enormes prejuízos à população.” [Penha Mesquita, presidente do Seeaconce]
O Seeaconce defende que a Prefeitura de Fortaleza reveja essa medida e não coloque em risco os serviços públicos e os direitos da população.