O episódio envolvendo o padre Fábio de Melo e o ex-gerente de uma cafeteria em Joinville (SC) ganhou novos desdobramentos e alcançou instâncias religiosas e jurídicas. O sacerdote foi formalmente denunciado à Congregação para a Doutrina da Fé, no Vaticano, por um bispo de Santa Catarina. A denúncia aponta que a postura do padre teria sido incompatível com os valores e condutas esperadas de um líder cristão.
Embora a denúncia não tenha, até o momento, gerado punições, o caso passou a constar nos registros da Igreja como um fato negativo no histórico do religioso. No âmbito judicial, o ex-gerente Jair José Aguiar da Rosa move processos contra o padre e contra a rede de cafeterias Havanna.

Ele alega ter sido prejudicado após a ampla repercussão do caso e sua consequente demissão. O advogado Eduardo Tocilo, que representa o ex-funcionário, afirma que a empresa teria atribuído ao trabalhador a responsabilidade pelos danos decorrentes da divulgação do vídeo nas redes sociais.
Jair relatou ainda ter enfrentado impactos severos em sua saúde mental. Em entrevista a um programa de TV, o ex-gerente afirmou ter desenvolvido depressão, recebido o diagnóstico de três síndromes e abandonado a faculdade a poucos meses da conclusão. “Minha vida virou de cabeça para baixo. Tenho medo de sair na rua. A vergonha é muito grande”, disse.
Por meio de nota, o sacerdote afirmou que não teve a intenção de prejudicar qualquer pessoa e criticou os julgamentos feitos nas redes sociais. “Não carrego em mim a intenção da maldade”, pontuou.
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