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Após ser testada no Ceará, vacina contra chikungunya mostra eficácia de 98% em adolescentes

 

Desenvolvida pelo Instituto Butantan, de São Paulo, a vacina contra a chikungunya em seus últimos testes teve eficácia de 98,8% de adolescentes de 12 a 17 anos. Já entre os pacientes que já foram infectados pelo vírus, a resposta foi 100%.

O imunizante é de dose única e chamado de VLA1553, e em seus testes teve a participação da Universidade Federal do Ceará (UFC), com os resultados sendo publicados na revista The Lancet Infectious Diseases durante a última semana. A última etapa de testagem ocorreu de fevereiro de 2022 a março de 2023, através de diferentes estados do País.

No total, 750 adolescentes participaram dos testes, sendo 50 deles no Núcleo de Medicina Tropical da Universidade Federal do Ceará (UFC). Ivo Castelo Branco, coordenador das testagens, afirma que a vacina é eficaz e segura, no qual deve ser liberada para aplicação na população brasileira até o começo de 2025 após a aprovação da Anvisa. “Será distribuída de graça pelo SUS [Sistema Único de Saúde], provavelmente para pessoas abaixo dos 60 anos”, diz o coordenador.

Além disso, a vacina foi licenciada nos Estados Unidos com o objetivo de fazer com que pessoas com 18 anos ou mais estejam imunizadas contra a chikungunya. Fora o Butantan, a empresa francesa de biotecnologia, Valneva, também participa do desenvolvimento da vacina.

Esta é a primeira vez que uma vacina é testada em um país endêmico. Além de Fortaleza, ela foi testada nas áreas endêmicas nas cidades de São Paulo e São José do Rio Preto, no estado de São Paulo, Salvador, na Bahia; Belo Horizonte, em Minas Gerais; Laranjeiras, em Sergipe; Recife, em Pernambuco; Manaus, no Amazonas; Campo Grande, no Mato Grosso do Sul; e Boa Vista, em Roraima.

De acordo com o Ministério da Saúde, em todo o território brasileiro, até o fim de agosto de 2024, 255 mil casos de chikungunya foram registrados.

Após as testagem, foi notado que o imunizante tem 28 dias de proteção após a sua aplicação. Os efeitos colaterais mais comuns relatados foram dor no local da aplicação, sensibilidade, dor de cabeça, fadiga e febre. Apesar disso, as reações foram de leves a moderadas e sumiram em poucos dias.

 

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