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Após três meses foragido, paradeiro do prefeito de Choró ainda é indefinido

O paradeiro do prefeito de Choró segue sem definição; ele é alvo de graves denúncias e pode perder o mandato com o desenrolar das operações - (Foto: Reprodução/Internet)
O paradeiro do prefeito de Choró segue sem definição; ele é alvo de graves denúncias e pode perder o mandato com o desenrolar das operações – (Foto: Reprodução/Internet)

Apesar de já terem se passado três meses, uma pergunta segue aguardando uma resposta por parte das autoridades: qual o paradeiro do prefeito de Choró? Bebeto Queiroz (PSB) continua foragido e não foi encontrado pela Polícia Federal (PF). Alvo da Operação Vis Occulta, Bebeto é acusado de participar de um esquema de corrupção envolvendo o desvio de recursos advindos de emendas parlamentares.

De acordo com as denúncias, o suposto desvio tinha como objetivo a compra de votos. De acordo com as investigações conduzidas pela PF, foram realizadas transferências de recursos para eleitores e candidatos, tanto por Bebeto quanto por seus aliados. A investigação apontou que o prefeito eleito teria cometido abuso de poder econômico, e que o esquema criminoso envolveu até um oficial da Polícia Rodoviária Estadual (PRE).

As investigações também miram um parlamentar: Júnio Mano, deputado federal do PSB, nega, mas é acusado de colaborar comesses esquema criminoso. O prefeito eleito de Choró seria o responsável por liderar uma rede de “caixa dois”. Nesse sistema, alguns contratos públicos eram direcionados a empresas ligadas à organização criminosa. 

Em troca, os fundos públicos provenientes dos repasses do Congresso eram utilizados para financiar campanhas eleitorais de forma ilícita em diversos municípios cearenses.

Desenrolar do caso que envolve o político; Qual o paradeiro do prefeito de Choró?

A investigação revelou o envolvimento da empresa MK Serviços, Construções e Transporte Escolar, que teria sido usada como um meio para desviar dinheiro público. O valor total dos contratos da empresa, que tinha como principal atividade o transporte escolar, chegou a R$ 318,9 milhões, abrangendo mais de 50 municípios. Esses dados foram extraídos de um relatório da Força Integrada de Combate ao Crime Organizado (FICCO), elaborado com base nas ações da Polícia Federal.

Todo o fato eclodiu após uma denúncia feita pela então prefeita de Canindé, Rosário Ximenes (Republicanos). Em depoimento ao Ministério Público do Ceará (MPCE), a gestora alegou que, além de Bebeto, sua irmã, Cleidiane de Queiroz Pereira, e o vigia e suposto empresário Maurício Gomes Coelho, teriam tentado influenciar os resultados das eleições em diversas cidades.

Nesse conjunto de municípios estariam incluídos os municípios de Madalena, Quixadá, Boa Viagem, Aquiraz, Itaitinga, Canindé e São Gonçalo do Amarante. Além das cidades mencionadas pela ex-prefeita, os investigadores também encontraram contratos da MK Serviços com outros municípios, indicando a abrangência do esquema.

Posição do partido

Em janeiro deste ano, O PSB prometeu dar início a iniciativas internas para tratar da questão de dois filiados: o prefeito de Choró, Bebeto Queiroz; e o prefeito Braguinha, gestor do município de Santa Quitéria. Braguinha, por sua vez, cumpre prisão domiciliar pelas mesmas acusações. 

O PSB considerou que as denúncias em torno dos dois filiados são graves. O atual cenário levou o partido a reunir líderes estaduais no dia 13 de janeiro. Após conversas internas, o PSB divulgou uma nota comunicando que a Comissão de Ética do partido irá tomar um parecer diante da situação politicamente instável envolvendo os dois gestores do interior.

Entre os membros do partido que compõem a Comissão de Ética do PSB está Socorro França, secretária dos Direitos Humanos do Estado do Ceará. “Recentemente, foram noticiadas graves denúncias que envolvem nossos filiados, situação que naturalmente demanda apuração rigorosa e isenta. Diante disso, esclarecemos que o partido está empenhado em conduzir o processo interno de averiguação de forma célere e responsável, em consonância com os valores que defendemos”, diz um trecho da nota interna.

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