A Final da Copa de 2022 será inédita. Argentina e França entram em campo para brigar pelo tricampeonato.
A França tentando igualar o feito de Itália e Brasil, as únicas seleções a conquistar dois títulos consecutivos. (Itália em 1934 e 1938 e o Brasil em 1958 e 1962). Mas a França deve entrar em campo carregando o peso de lembrar que faz 60 anos que quem chega a uma final consecutiva não fica com o título. Assim aconteceu com a própria Argentina (em 1986 e 1990). Brasil e Alemanha chegaram a três finais consecutivas: o Brasil venceu duas alternadas (1994 e 2002 e perdeu para a França em 1998). A Alemanha perdeu para a Itália em 1982 e para a Argentina em 1986. Quatro anos depois se vingou dos Hermanos, vencendo na Itália em 1990 por 1 a 0.
Tabus e história à parte o que vai valer no jogo deste domingo (18), às 12 horas de Brasília é a bola rolando. Duas equipes que estão com sangue nos olhos para conquistar o título, um valioso tricampeonato. Talvez represente mais para a Argentina que espera 36 anos pelo feito.
A França quer confirmar o bom momento de seu futebol, em que pese a eliminação na Eurocopa do ano passado para a Suíça, nos pênaltis. Mas a França não se abateu em momento nenhum e traz o peso de ser a atual campeã da Liga das Nações da Europa. Manteve a comissão técnica tendo a frente Didier Deschamps que apenas deu sequência ao trabalho.
Na Argentina, o técnico Lionel Scaloni parece que implantou o espírito vencedor na equipe. Parece que os argentinos querem oferecer a Copa como uma homenagem póstuma do rei deles, Diego Maradona.
A França conta com mais estrelas internacionais, como Mbeppe, Grizmann, Lloris e Giroud, mas nenhuma delas parece querer fazer o papel sozinha, sem pensar no bem da equipe. O mesmo se pode afirmar da Argentina, que conta somente com Lionel Messi como a principal estrela, em que pese as presenças de Di Maria e Julian Alvarez no elenco. Mas são duas seleções que jogam por suas nações.
Fizeram valer as suas tradições nas semifinais e venceram as surpresas da Copa, Croácia e Marrocos. A Argentina teve mais facilidade para vencer a Croácia e a França encarou um Marrocos que, apesar de ter saído atrás no placar, nunca se acovardou e chegou a ter inclusive chance de empatar ainda no primeiro tempo.
No futebol o peso da camisa, muitas vezes é um fator preponderante e nas semifinais desta Copa do Mundo foi fundamental.
Campeões e favoritos ficaram pelo caminho, promessas e surpresas também. Argentina e França chegaram como favoritas ao título, mas o tricampeonato ficará somente com uma seleção. Escolha para quem torcer e aprecie o futebol bem jogado.