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Argylle diverte mas não sabe hora de parar de brincar (Crítica)

Dirigido por Matthew Vaughn (Kingsman: Serviço Secreto), Argylle é a verdadeira sátira ao gênero de espionagem e agente secreto. No entanto, toda piada precisa ser pontuada no momento certo, antes que fique exagerado ao ponto de perder a graça e ser ridícula.

Protagonizado por Bryce Dallas Howard (Jurassic World), o filme é focado em Elly Conway, escritora de romances sobre um agente secreto que tem a missão de desvendar um sindicato global de espionagem. No entanto, suas histórias deixam de ser ficção e começam a se tornar realidade, fazendo com que o seu conhecimento no mundo seja valioso para uma agência que seja dominar o mundo. Agora ao lado de Adrian, um verdadeiro agente secreto vivido por Sam Rockwell (Jojo Rabbit), ambos tentam impedir que o pior aconteça.

Assim como uma boa sátira, o roteiro de Jason Fuchs (Mulher-Maravilha) em sua boa parte consegue expor muito bem o intuito de parecer ser tosco, sabendo brincar bem com os clichês do gênero de espionagem. Fora as boas piadas com os estereótipos de agentes secretos, principalmente com os personagens de Rockwell e Henry Cavill (Homem de Aço), conseguindo arrancar boas risadas.

Argylle - Apple TV+ Press (BR)

No entanto, é notório como o projeto tentou ser maior do que ele precisa, onde ficou fazendo várias reviravoltas, sendo algumas questionáveis e outras desnecessárias. Um dos melhores pontos do projeto é a premissa em torno da personagem da Bryce Dallas Howard, e quando isso é desfeito em troca de um plot twist, a sensação de desagrado é grande por parte do espectador.

Além disso, visando mais reviravoltas, o terceiro ato de Argylle é muito esticado desnecessariamente. Isso faz com que o filme se torne enfadonho, parecendo que a qualquer momento ele irá terminar, mas isso não acontece. E mesmo que isso seja parte da piada com o gênero de espionagem, onde possui muitos plot twists, ela não é bem pontuada e finalizada, ocasionando que ela perca a graça.

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Em compensação, Matthew Vaughn consegue mais uma vez criar cenas de ação divertidas de se ver. Apesar de não chegar ao mesmo nível do seu trabalho em Kingsman: Serviço Secreto, o cineasta mostra porque domina o gênero, onde consegue criar momentos bem elaborados e que conseguem combinar com objetivo cômico da narrativa. Porém, em alguns momentos a computação gráfica não é polida, ocasionando uma estranheza e lhe tirando a imersão.

Por fim, Argylle é o filme ideal para você que quer assistir uma história engraçada e cheia de ação. No entanto, o projeto poderia ser mais do que ele é, caso ele não descartasse o principal charme de sua narrativa e não quisesse se alongar em troca de tentativas de reviravoltas e momentos impactantes.

Nota: 7/10

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