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Ataques digitais à Maria da Penha resultam em ação do MP

A operação Echo Chamber foi deflagrada no último sábado (14/12) pelo Ministério Público do Ceará (MPCE), com o apoio do Núcleo de Investigação Criminal (NUINC). A ação abrangeu os estados do Rio de Janeiro e Espírito Santo, após investigações sobre um suspeito que vinha realizando ataques e ameaças contra Maria da Penha Fernandes, famosa por dar nome à Lei nº 11.340/2006, que combate a violência doméstica contra mulheres. A operação contou ainda com o auxílio dos Grupos de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO) dos Ministérios Públicos dos estados do Rio de Janeiro e do Espírito Santo.

Os mandados de busca e apreensão foram executados em dois locais: a residência de um dos principais investigados, no Espírito Santo, e um evento no Rio de Janeiro, onde o suspeito estava presente. Durante a operação, diversos dispositivos eletrônicos foram apreendidos, que agora passarão por análise detalhada.

Além disso, atendendo à solicitação do Ministério Público, o Poder Judiciário determinou a suspensão do perfil do suspeito no Instagram por 90 dias e impôs diversas restrições. Entre elas, a proibição de aproximação de Maria da Penha e suas filhas, bem como a imposição de medidas que impedem o suspeito de deixar seu estado ou o país sem autorização judicial.

Ataques digitais à Maria da Penha resultam em ação do MP
Foto; Reprodução

Em 2024, Maria da Penha começou a ser alvo de uma série de ataques virtuais de grupos que disseminam ódio contra mulheres. Diante disso, o Ministério Público do Ceará acionou seus Núcleos de Investigação Criminal e de Atendimento às Vítimas de Violência (NUAVV), que providenciaram a inclusão de Maria da Penha no Programa de Proteção aos Defensores de Direitos Humanos.

As investigações revelaram que as mensagens ofensivas não se limitavam a ataques à honra de Maria da Penha, mas também envolviam conteúdos caluniosos, configurando crimes como cyberbullying, cyberstalking e ameaça. Dessa forma, as redes sociais se tornaram o palco para a disseminação de informações distorcidas, com ataques constantes à farmacêutica e à Lei Maria da Penha.

Além disso, o principal investigado foi rastreado até a antiga residência de Maria da Penha, no bairro Papicu, em Fortaleza, onde ocorreu a tentativa de homicídio contra ela em 1983. Esse deslocamento gerou ainda mais preocupações sobre a segurança da vítima.

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