Os trabalhadores terceirizados responsáveis pela limpeza e zeladoria da Universidade Federal do Ceará (UFC) interromperam suas atividades nesta segunda-feira (10/03). O motivo do protesto é o não pagamento de salários e benefícios, entre eles o vale-transporte e vale-alimentação. A universidade declarou que a responsabilidade pelos pagamentos é da empresa contratante, que já teria sido acionada para resolver a situação.
A paralisação afeta os campi da UFC em Fortaleza, incluindo Pici, Porangabuçu e Benfica. No campus do Benfica, os funcionários se mobilizaram em frente à Reitoria para pressionar por uma solução. Segundo os manifestantes, o pagamento deveria ter sido realizado no começo de março, mas até o momento não havia sido depositado.

Os trabalhadores também relataram dificuldades financeiras devido ao atraso. Segundo uma das funcionárias, os valores pagos de vale-transporte e vale-alimentação correspondem a apenas seis dias de trabalho. Com isso, os trabalhadores tiveram que usar recursos próprios para arcar com as despesas, já que não receberam o valor integral no primeiro dia do mês.
A mobilização dos terceirizados acontece simultaneamente à paralisação nacional dos Servidores Técnico-Administrativos em Educação (TAE). A categoria solicita que a Lei Orçamentária Anual (LOA) de 2025 seja aprovada que os acordos firmados no encerramento da greve do ano passado sejam cumpridos.
Através de nota, a UFC reconheceu o prejuízo nos repasses financeiros em decorrência da não aprovação da LOA pelo Congresso, o que tem impactado contratos e pagamentos a fornecedores. Ainda nesta terça-feira (11/03), os funcionários teriam sido avisados de que os pagamentos começariam a ser feitos a partir desta quarta-feira (12/03).
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