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Autoridades investigam ameaças a terreiros de umbanda em Maracanaú

Seis terreiros de umbanda em Maracanaú receberam ameaças em apenas uma semana, após a chegada da facção Terceiro Comando Puro (TCP) ao Ceará. Quatro desses espaços suspenderam totalmente as atividades. Além disso, ao menos dois centros foram alertados para interromper as práticas religiosas. A estimativa é que cada terreiro ameaçado possua, em média, entre 30 e 40 frequentadores.

Diante disso, um ofício foi encaminhado à Secretaria Estadual da Igualdade Racial (SEIR) e à Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS) com o objetivo de que providências sejam tomadas acerca do assunto. A denúncia partiu de ativistas de movimentos sociais, religiosos e de cultura negra, e a investigação pode ser conduzida pela Delegacia de Repressão aos Crimes por Discriminação Racial, Intolerância Religiosa ou Orientação Sexual (Decrin).

Autoridades investigam ameaças a terreiros de umbanda em Maracanaú
Foto: Reprodução

A SEIR informou estar em contato com a SSPDS, que destacou que não há registros oficiais de ameaças a terreiros em Maracanaú. Apesar disso, a pasta informou que mobilizou equipes da Polícia Civil (PCCE) e da Polícia Militar (PMCE) para monitorar a situação.

“Caso alguém sinta sua crença desrespeitada em público, em redes sociais ou for impedida de praticar sua fé, pode formalizar denúncia anônima”, diz um trecho da nota da SSPDS.

Histórico

O período de ocorrências registrado vai de 20 a 26 de setembro, envolvendo abordagens diretas, ligações telefônicas e mensagens por aplicativos. De acordo com testemunhas, o clima de medo é intenso entre representantes do movimento umbandista, incluindo babalorixás, ialorixás e filhos de santo.

A facção, originária do Rio de Janeiro, tem antecedentes de agressões a locais de rituais afrorreligiosos, recorrendo a práticas violentas e alegando motivações religiosas. Há informações de que outros terreiros também foram abordados, mas permanecem em silêncio por medo de represálias.

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