Durante entrevista ao Destaque ANC, o senador Eduardo Girão (Novo), que concorreu para prefeito mas não avançou, repercutiu a eleição para a prefeitura de Fortaleza, na qual declarou apoio a André Fernandes (PL). Ele também repercutiu o seu papel no Senado Federal com a possibilidade de impeachment de Ministros do STF, e que não apoia a condução de Davi Alcolumbre para a presidência do Congresso Nacional. Veja os principais pontos da entrevista.
“Constrangimento”
Girão abordou durante entrevista que foi o “sistema” que o bloqueou como candidato à prefeitura, e que ter sido retirado do debate do jornal O Otimista foi um constrangimento. “Aquele fato surreal de me tirar no meio do debate, aquilo ali não foi um constrangimento para mim, foi para o fortalezense. Porque foi tirado dele a oportunidade de ouvir as ideias, de ver o contraponto que eu ia fazer na proposta dos outros candidatos. Então, assim, foi importante isso ter acontecido, porque caiu a máscara, a máscara de uma ditadura da cooptação que existe no Estado do Ceará”, disse o senador durante a entrevista, e que esse episódio fez “cair a máscara” da cooptação do estado pelo “partido vermelho” no Ceará, e que a possível vitória de André Fernandes seria um ato de “libertação”.
Convergência
Sobre o apoio imediato que deu para o candidato do PL após não avançar para o segundo turno, o senador Girão diz que sua maior convergência se dá com a candidatura do deputado. “É um apoio incondicional para evitar que o PT destrua a Fortaleza. Porque ele já está destruindo o país, e eu estou vendo isso em Brasília. Estão aí os números das estatais, estão aí os números dos preços subindo. E está destruindo o Estado do Ceará, o Estado do Ceará está um marasmo completo. (13:33) Marasmo completo. E vai destruir Fortaleza também, não podemos deixar”, diz ele. Que completa falando que vê uma maturidade em Fernandes.” O André parece muito centrado. Espero que ele continue, tive há pouco tempo com ele, (15:22) vendo as estratégias da reta final de campanha. Muito centrado, o jogo baixo do outro lado, e ele se mantendo muito sereno, não caindo em provocações. E eu acho isso muito interessante, está mostrando muito amadurecimento, (15:39) e todo mundo está percebendo isso”, refletiu.
Desespero por parte do PT
O senador diz que, na sua visão, o PT acreditava que Evandro Leitão iria largar na frente ainda no primeiro turno, mas que André surpreendeu e que agora “bateu um desespero” no partido, pois segundo ele, agora “chamaram todo o Projac” para campanha do petista. “E verdade está muito na cara, hoje está muito na cara, você não consegue enganar. Então, como o PT não tem proposta para mostrar, você vê, eles cobram ideias, colocam ideias para a prefeitura de Fortaleza, (19:34) e não fazem no governo do Estado, não bate. Então, assim, eu vejo muito, coloco muito na conta do desespero, sabe? (19:45) Do vazio do PT, que está”, analisa ele, que diz acreditar que a tática de nacionalizar a disputa revela, nas palavras dele, “mostra o que essa turma [PT] é capaz”.
Idade do candidato e alternância de poder
Ao falar das críticas que o candidato do PL tem com relação a pouca idade, o senador fala que “a alternância de poder que é muito boa para a democracia”, pois para ele faz tempo que tem essa “oligarquia no estado”, e que a população está “sufocada”. “Chegou a hora de nos libertar, se assim for a vontade do pai e do Fortalezense que seguisse o coração e sua consciência. 26 anos de idade, vai ser um problema para ele assumir a quarta maior capital do país? Idade é apenas um número, como é que você avalia isso?, questionou, e diz que isso de usar a idade como qualificação é uma tática “rasteira” dos adversários.
“Impressionante como ele se comunica com os jovens, como a campanha se comunicou, é muito popular, está chegando, furou a bolha realmente, e a gente percebe uma esperança do fato que é mudança mesmo, olha o que a gente quer é mudança. E estamos vendo isso na periferia, estamos vendo isso nos bairros, e aquela velha história, que eu acredito muito, o bem ele contagia, o mal ele contamina. [Eduardo Girão]
Atuação no Senado
Girão disse em entrevista que “só não vê quem não quer” que ele é independente em sua atuação no Senado Federal. “Eu sou oposição ao governo Lula, sempre fui independente em relação ao governo Bolsonaro. Está aí meus relatórios da CPI, várias outras votações como ministro do Supremo, que eu votei contra a indicação do Bolsonaro. A questão do porte de armas, eu respeito a posse, mas o porte eu sou pelo controle. E sempre manifestei a minha independência. Agora, eu também votei, mesmo sendo oposição ao governo Lula, eu votei a favor dos mais médicos”, diz ele sobre as votações e requerimentos que fez.
“Vamos sentir saudades do Pacheco”
Se dizendo contra a reeleição e que vai trabalhar para colocar um sucessor em seu lugar, Eduardo Girão diz que existe hoje no Brasil inteiro “uma grande renovação no Senado”, e que irão “tentar fazer o impeachment do ministro agora, esse ano ainda”, pois ainda tem “muita coisa boa para acontecer no Senado”, mas que fala que não se pode deixar que Davi Alcolumbre, atual presidente da CCJ seja o novo presidente do Senado. “Não podemos deixar o Davi Alcolumbre seja o próximo presidente no dia 1º de fevereiro de 2025. Já me manifestei recentemente contra a candidatura do Davi, que está fechada, inclusive, com o apoio de gente da oposição. E não pudemos. Nós já conhecemos o Davi (20:24) Alcolumbre, a quem ele serve, o sistema”, declara.
A entrevista completa com o senador Eduardo Girão (Novo), já está disponível no canal TV ANC no YouTube.
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