Pesquisas publicadas nas revistas científicas Cell Metabolism e Nature apontam que o consumo de refrigerantes zero açúcar pode causar efeitos adversos à saúde. Segundo os estudos, o uso frequente dessas bebidas altera a microbiota intestinal, reduz a diversidade bacteriana e favorece a disbiose, uma condição associada à resistência à insulina, ao descontrole glicêmico e ao ganho de peso.
Os efeitos estão relacionados aos adoçantes artificiais presentes na composição desses produtos, como aspartame, sucralose e acessulfame-K. De acordo com especialistas, essas substâncias interferem no metabolismo e podem comprometer a regulação de processos hormonais e digestivos. Um estudo da Harvard School of Public Health, publicado no The American Journal of Clinical Nutrition, também identificou que o consumo regular de bebidas adoçadas artificialmente eleva o risco de doenças cardiovasculares, mesmo entre pessoas com peso considerado adequado.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) classifica alguns desses adoçantes como possivelmente carcinogênicos para humanos quando ingeridos em excesso. Pesquisadores explicam que o sabor doce sem calorias pode confundir o sistema neuroendócrino, desregulando os hormônios responsáveis pelo controle da fome e da saciedade. Além disso, também aumentam o apetite e a compulsão por carboidratos.
Apesar de não apresentarem picos glicêmicos e não causarem elevação imediata dos níveis de glicose e insulina, os refrigerantes zero açúcar não neutralizam os efeitos acumulativos sobre o metabolismo, a saúde intestinal e os processos inflamatórios do corpo. O consumo diário está ainda associado a alterações hepáticas, impacto direto na imunidade e no metabolismo. De acordo com os pesquisadores, fatores como sedentarismo, sono insuficiente e baixa hidratação podem potencializar os riscos de doenças crônicas.
Entre os principais riscos apontados estão o risco de câncer, doenças cardiovasculares, hipertensão, doenças renais, alterações na microbiota intestinal e maior compulsão por açúcar. Especialistas recomendam que a substituição dos refrigerantes seja feita por opções naturais, como água, chás e infusões de frutas ou ervas, que contribuem para a hidratação e a manutenção da saúde metabólica.
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