O comércio varejista de Fortaleza deve faturar cerca de R$ 426 milhões durante a Black Friday deste ano, segundo pesquisa do Instituto de Pesquisa e Desenvolvimento do Ceará (IPDC), da Fecomércio-CE. O valor representa crescimento de 9,7% em relação a 2024 e consolida a data como a segunda mais importante do varejo local, atrás apenas do Natal.
O aumento nas vendas é impulsionado pela compra de presentes e produtos de maior valor, reflexo de um cenário econômico mais favorável e da melhora na confiança do consumidor. Segundo o levantamento, fatores como a redução das taxas de juros e a recuperação parcial do poder de compra estimulam a antecipação das compras de fim de ano.

Para a diretora institucional da Fecomércio-CE, Cláudia Brilhante, o período é estratégico para o setor.
“As datas comemorativas impulsionam o comércio, fortalecem micro e pequenas empresas e ajudam a manter o nível de empregos ao longo do ano”, destaca.
Intenção de compra e comportamento do consumidor
De acordo com o estudo, 43% dos fortalezenses pretendem aproveitar as promoções da Black Friday, enquanto outros 16,4% ainda estão indecisos. A maioria dos consumidores planeja compras racionais, focadas em produtos previamente desejados e com descontos reais.
O ticket médio deve variar entre R$ 250 e R$ 1.000, e 57,6% dos entrevistados pretendem parcelar as compras, principalmente no cartão de crédito. A maior parte dos consumidores pretende dividir os gastos entre cinco e dez vezes, o que demonstra confiança na manutenção da renda nos próximos meses.
Produtos mais buscados
Os eletrodomésticos lideram a lista de intenções de compra (42,8%), seguidos por roupas e artigos de vestuário (36,8%), calçados e bolsas (29,6%), eletrônicos (15,7%) e artigos para o lar (12,8%). Celulares, perfumes e móveis também aparecem entre as principais escolhas.
Segundo Cláudia Brilhante, o perfil de consumo combina itens essenciais e produtos de maior valor agregado, aproveitando as condições de crédito e parcelamento típicas da data.
Lojas físicas ainda dominam
Mesmo com o avanço das compras online, 66% dos consumidores ainda preferem lojas físicas, motivados pela possibilidade de testar o produto e pela segurança na transação. Já 61% utilizam o ambiente digital para comparar preços e pesquisar marcas, mostrando que a experiência híbrida segue em alta.
Desafios e cautelas
Apesar do otimismo, parte dos consumidores ainda demonstra desconfiança em relação às promoções: 32,2% acreditam que há reajustes prévios de preços, enquanto 21,7% afirmam estar restringindo gastos por motivos econômicos.
Para a Fecomércio, a credibilidade das lojas e a transparência nas ofertas serão fundamentais para converter o interesse em vendas efetivas e garantir o sucesso da Black Friday em Fortaleza.
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