A partir de 1º de outubro, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) disponibilizará R$ 100 bilhões para apoiar microempreendedores individuais (MEIs) e micro, pequenas e médias empresas (MPMEs) por meio do Programa Emergencial de Acesso a Crédito (FGI Peac). Esta iniciativa tem como objetivo principal facilitar o acesso ao crédito, oferecendo garantias que minimizam o risco de inadimplência para as instituições financeiras.
Atualmente, o Ceará possui mais de 457 mil MEIs registrados e o FGI Peac, criado em 2020, atua como um mecanismo de “seguro” para os bancos, encorajando-os a oferecer financiamentos a negócios menores. Segundo o BNDES, estima-se que mais de 200 mil operações de crédito possam ser aprovadas nos próximos 18 meses, sem a necessidade de novos aportes da União.
A possibilidade de alavancar esses R$ 100 bilhões se deve à baixa taxa de inadimplência do programa, que, desde seu lançamento, se manteve em apenas 5,7%, bem abaixo do limite de 30% estabelecido em 2020. Isso possibilitou ao banco “reciclar” recursos não utilizados, resultando na renúncia de cerca de R$ 9 bilhões em limites de cobertura de inadimplência por quase metade dos 40 agentes financeiros participantes.
De acordo com Aloizio Mercadante, presidente do BNDES, o FGI Peac é crucial para as micro e pequenas empresas, que são fundamentais para a geração de emprego e renda no Brasil. “Em 2023, conseguimos alavancar R$ 42 bilhões em crédito sem novos aportes do Tesouro Nacional e até agosto de 2024 já foram mais R$ 21 bilhões”, afirmou.
Para as MPMEs interessadas em acessar o crédito, é necessário procurar uma das mais de 40 instituições financeiras autorizadas a operar no programa. As informações estão disponíveis no site do BNDES.
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