Após decisão da 54ª Zona Eleitoral de Santa Quitéria, foi decretada a cassação dos diplomas do prefeito e do vice-prefeito do município. Ambos estavam afastados de seus cargos após polêmicas envolvendo o cometimento de irregularidades no âmbito eleitoral. Proferida pelo juiz Magno Gomes de Oliveira, a decisão foi comunicada nesta quarta-feira (07/05). A Ação de Investigação Judicial Eleitoral, que culminou na cassação do diploma de Braguinha, prefeito de Santa Quitéria, tramitava na instância local desde o dia 19 de dezembro. Braguinha e seu vice, Gardel Mesquita, foram acusados de cometerem abuso de poder político e econômico.
Segundo as investigações, essas práticas teriam ocorrido na campanha eleitoral de 2024. No entendimento da Justiça Eleitoral, os políticos se beneficiaram para as referidas práticas. Além da cassação, Braguinha e Gardel foram declarados inelegíveis pelo período de oito anos. A decisão ainda cabe recurso para o Tribunal Regional Estadual.
Acontecimentos antes de Braguinha ter o mandato cassado
No dia 2 de janeiro, o TRE realizou a audiência de custódia do prefeito reeleito José Braga Barrozo (PSB). Na época, o gestor foi preso durante uma operação conjunta das Polícias Federal e Civil, em Santa Quitéria, e permaneceu sob prisão preventiva, após determinação judicial. A decisão fez parte das investigações sobre crimes eleitorais e organização criminosa.
A operação foi autorizada pelo TRE-CE, que, no dia 31 de dezembro de 2024 determinou a prisão de oito pessoas com base em pedidos feitos pelas forças policiais. Além das prisões, foram realizadas buscas e apreensões, e afastamentos de investigados envolvidos em infrações previstas no Código Eleitoral.
De lá até o presente momento, o município de Santa Quitéria é administrado pelo vereador Joel Barroso (PSB). Presidente da Câmara Municipal, o parlamentar é filho do prefeito cassado.
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