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Brasil avança no IDH e encosta na média global

O Brasil deu um passo à frente no Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) e subiu cinco posições no ranking global, divulgado pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud). Com base em dados de 2023, o país agora ocupa o 84º lugar entre 193 nações, sendo enquadrado na categoria de “alto desenvolvimento humano”.

O IDH brasileiro alcançou a pontuação de 0,786 em 2023, um crescimento em relação ao ano anterior, quando marcou 0,760. Esse índice é calculado com base em três pilares: expectativa de vida, nível de escolaridade e renda per capita. A alta foi puxada, principalmente, pela recuperação econômica e pela melhora nos indicadores de saúde. A expectativa de vida voltou a crescer e a renda nacional bruta per capita aumentou.

Apesar dos avanços, o Brasil ainda enfrenta alguns desafios. A educação segue como um obstáculo: o tempo médio de estudo da população continua abaixo da média dos países com IDH alto, o que impede o país de subir mais no ranking.

Brasil avança no IDH e encosta na média global
Foto: Freepik

América Latina e Cenário Global

No comparativo com outros países latino-americanos, o Brasil permanece em uma posição intermediária. Está atrás de Chile, Argentina e Uruguai, mas superou Paraguai, Bolívia e Venezuela. No panorama global, o país ficou acima da média mundial do IDH (0,739), embora ainda longe das nações com “desenvolvimento humano muito alto”, como Suíça, Noruega e Islândia. Os países continuam liderando o ranking.

A nível global, o IDH atingiu 0,756 em 2023. O número representa um avanço, mas é o menor crescimento desde o início da série histórica, em 1990, desconsiderando os anos da pandemia. De acordo com o Pnud, a recuperação global está lenta e desigual. A distância entre países mais e menos desenvolvidos vem aumentando há quatro anos consecutivos, revertendo uma tendência de redução das desigualdades que durou décadas.

Bastidores

Mesmo com a melhora na pontuação, o relatório do Pnud mostra que quando o IDH brasileiro é ajustado para refletir as desigualdades internas, o número cai para 0,594. Isso aponta para desigualdades no acesso à saúde, educação e renda, especialmente entre diferentes regiões e grupos sociais.

O Índice de Desigualdade de Gênero, por exemplo, foi de 0,390 em 2023, colocando o Brasil na 96ª posição global. Esse indicador leva em conta fatores como saúde reprodutiva, participação econômica e autonomia das mulheres. Já o Índice de Pobreza Multidimensional, que mede privações simultâneas em áreas essenciais, foi de 0,016. Isso sinaliza uma baixa incidência de pobreza extrema, mas ainda longe do ideal.

Confira o topo e o fim do ranking:

MELHORES PIORES
1º – Islândia: 0,972 189º – Níger: 0,419
2º – Noruega: 0,970 190º – Chade: 0,416
3º – Suíça: 0,970 191º – República Centro-Africana: 0,414
4º – Dinamarca: 0,962 192º – Somália: 0,404
5º – Alemanha: 0,959 193º – Sudão do Sul: 0,388

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