O barco Grande Blu, que transportava ajuda humanitária à Faixa de Gaza, foi interceptado pelas forças de Israel nesta quarta-feira (1º/10), resultando na detenção da deputada federal Luizianne Lins (PT). O episódio gerou reação imediata do governo brasileiro, que se pronunciou através de nota.
O Ministério das Relações Exteriores declarou estar acompanhando a situação com atenção e mantém contato direto com autoridades israelenses para prestar assistência consular aos cidadãos brasileiros afetados, conforme prevê a Convenção de Viena sobre Relações Consulares. Segundo o comunicado, a operação envolve risco aos participantes da missão.
“O governo brasileiro deplora a ação militar do governo de Israel, que viola direitos e põe em risco a integridade física de manifestantes em ação pacífica. No contexto dessa operação militar condenável, passa a ser de responsabilidade de Israel a segurança das pessoas detidas”, diz um trecho do comunicado.

O documento também pede o levantamento imediato de quaisquer restrições à entrada e distribuição de ajuda humanitária na Faixa de Gaza, em conformidade com o direito internacional humanitário. A embarcação compõe a “Flotilha Global Sumud”.
Em vídeo publicado nas redes sociais, Luizianne relatou que foi sequestrada durante a abordagem e confirmou que o barco foi interceptado pelas forças israelenses. A deputada havia embarcado na missão humanitária no dia 31 de agosto.
“Se você está assistindo a este vídeo, é porque eu fui sequestrada pelas forças de ocupação israelense e levada contra a minha vontade. Peço ao meu governo para acabar com qualquer relação econômica com Israel e a me levar para casa. Pare o genocídio em Gaza!”, disse a deputada.
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