Até agosto de 2025, o Brasil registrou 24 casos de sarampo, sendo 19 deles no Tocantins, segundo autoridades de saúde. Apesar de o número ser relativamente baixo, especialistas alertam que a alta transmissibilidade do vírus exige atenção contínua e reforço das campanhas de imunização.
O Ministério da Saúde tem intensificado ações em todo o território, com foco especial em regiões de fronteira. No Sul do país, a reativação da Comissão Binacional de Saúde com o Uruguai resultou em mobilização em Sant’Ana do Livramento (RS) e Rivera (Uruguai), ampliando a proteção de moradores locais e imigrantes.
Além disso, dias D de vacinação vêm sendo realizados em diversos estados. Em julho, cidades de fronteira no Acre, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Rondônia aplicaram cerca de três mil doses. Em agosto, todos os 79 municípios de Mato Grosso do Sul participaram das campanhas.

Para a infectologista Marilda Siqueira, chefe do Laboratório de Vírus Respiratórios do Instituto Oswaldo Cruz (Fiocruz), a participação da população é decisiva. “O sarampo é altamente transmissível. Precisamos atingir, no mínimo, 95% de cobertura vacinal para criarmos uma proteção coletiva, reduzindo a quantidade de pessoas suscetíveis ao vírus”, ressalta.
Prevenção e Sintomas
A proteção depende da aplicação de duas doses da vacina tríplice viral. No Brasil, a primeira é administrada aos 12 meses e a segunda aos 15 meses, com campanhas específicas abrangendo outras faixas etárias. Vale destacar que as crianças que não receberam as duas doses não estão totalmente protegidas, segundo a especialista.
O sarampo é altamente contagioso e se espalha pelo ar por meio de secreções de indivíduos infectados, podendo afetar pessoas de todas as idades. Os sintomas incluem febre alta, erupções cutâneas por todo o corpo, congestão nasal e irritação ocular. A doença pode evoluir para complicações graves, como pneumonia, encefalite, diarreia intensa e até cegueira, sobretudo em crianças desnutridas e pessoas com imunidade comprometida.
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