Neste sábado (25), o Ceará irá dar início a campanha de vacinação contra a poliomielite, no qual também é conhecida como paralisia infantil ou pólio. Através desta ação, que irá até 14 de julho, o Governo do Estado tem como objetivo focar em crianças menores de cinco anos.
No ano de 2023, segundo levantamento s do Ministério da Saúde (MS) Ceará foi o líder no ranking de cobertura vacinal contra poliomielite entre todas as unidades federadas. Vale lembrar que a doença é causada pelo poliovírus selvagem (PVS), e é contagiosa aguda irreversível, onde, em casos graves, pode ocasionar em paralisação muscular, atingindo principalmente os membros inferiores.
Ana Karine Borges, coordenadora de Imunização da Secretaria da Saúde do Ceará (Sesa), salienta que a vacinação é a única maneira de prevenir contra a poliomielite, além de ser forma fundamental para impedir a proliferação do vírus no país “A disponibilização do imunizante evitou o adoecimento e demais complicações em milhares de crianças, estabelecendo uma boa relação de custo e efetividade nas ações em saúde pública”, disse a coordenadora .
A poliomielite é classificada como erradicada no Brasil desde 1989. Em 1994, o país foi certificado com uma área livre de circulação do poliovírus selvagem. Sabendo disso, Borges destacou que para essa situação permaneça, é necessário que a população permaneça engajada na ação de imunização, no qual até mesmo crianças que não possuem cartão de vacinação, poderão receber o imunizante e uma dose adicional.
Ocupando o primeiro lugar no ranking de cobertura vacinal contra a poliomielite em 2023, o Ceará conseguiu uma cobertura vacinal de 93%, ficando na frente do Piauí, com 92%, e Santa Catarina, com 90%. A coordenadora de Imunização da Sesa diz que o estado esse resultado é fruto do dos esforços que as gestões estadual e municipais realizaram durante o último ano, fortalecendo cada vez mais as estratégias para continuidade dos anos seguintes.
Os dois imunizantes disponíveis no Brasil contra a doença são a VOP (vacina oral poliomielite) e a VIP (vacina inativada poliomielite). Desde o ano de 2016, a estratégia de imunização contra a poliomielite é através de três doses da vacina injetável para crianças com 2, 4 e 6 meses. Ademais, o o Programa Nacional de Imunizações (PNI) ainda recomenda mais duas doses de reforço com a vacina oral bivalente, conhecida como gotinha.
“A vacina contra poliomielite injetável confere uma proteção para três sorotipos (1, 2 e 3). Enquanto que a vacina contra poliomielite oral reforça o esquema básico, protegendo para os sorotipos 1 e 3, além de conferir a proteção também da comunidade”, afirma Borges.