Durante o último fim de semana, deputada federal Luizianne Lins (PT) fez o lançamento do Campo de Esquerda, ação de correntes militantes e grupos socialistas, progressistas e de esquerda. A criação do movimento acontece devido a situação interna do partido, “principalmente nos últimos seis meses”, diz a deputada.
Além disso, a parlamentar comentou que há um “incômodo” de militantes histórico do PT com os processos e decisões eleitorais tomadas pela agremiação em municípios do Estado. “Esse manifesto vem a partir de um processo muito intenso de um debate político que aconteceu principalmente nos últimos seis meses aqui na história do Ceará e na história de Fortaleza, um processo onde em alguns locais houve de uma forma muito incômoda por alguns militantes históricos do nosso partido, que infelizmente não concordaram com algumas dinâmicas que foram tomadas pelo PT em algumas cidades”, disse a deputada federal.
Luizianne ainda disse que o Campo da Esquerda precisa unir setores internos e externos do PT, uma vez que, de acordo com a deputada, muitas pessoas estão deixando o partido devido a divergências e desavenças com o processo eleitoral recente. “Um partido de esquerda ele tem acima de tudo de primar pela democracia interna, debate de iguais, troca de sensibilidades”, disparou a parlamentar.
Ao ser questionada pela imprensa se guarda mágoa após o partido ter escolhido Evandro Leitão como concorrente à Prefeitura de Fortaleza, Luizianne afirma que não ter ressentimento pela escolha, porém, revelou que ficou chateada com o processo, que, segundo a mesma, não foi justo.
“Acho que mágoa não é o sentimento certo (…) Eu não tenho nenhuma mágoa (…) Eu penso que o PT possa em nenhum momento se colocar como um partido como a gente tá vendo aí. (…) Eu acho que hoje os partidos vem sendo cada vez mais como uma circunstância e ocasião do que um projeto político ideológico que a gente acredita (…) E realmente não tem como a gente não se chatear com questões que aconteceram durante esse processo. Eu tenho dito, a gente inclusive se juntou muito a partir disso, não foi um processo justo, não foi um processo comumente que se vê na tradição do PT”, disse Luizianne Lins.
Além disso, a parlamentar disse que Campo de Esquerda tem como objetivo ser uma resposta dos quadros petistas que querem continuar lutando e acreditando que o partido deve ser um instrumento da classe trabalhadora. “Então eu acho que Fortaleza tá se perguntando porque não foi a Luizianne a candidata a prefeita pelo PT. Mas vamo pra frente porque tem muita luta pela frente”, disse Luizianne.
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