A candidatura do vereador Joel Barroso (PSB) na disputa pela Prefeitura de Santa Quitéria foi alvo de dois pedidos de impugnação. As ações foram apresentadas por suas adversárias diretas, Lígia Protásio (PT) e Cândida Figueiredo (União Brasil), ambas concorrendo ao mesmo cargo. A eleição suplementar está marcada para o próximo dia 26.
Entre os argumentos apresentados, pesa o fato de Joel ser filho do ex-prefeito “Braguinha”, que foi impedido de assumir o mandato após ser preso sob suspeita de envolvimento com organização criminosa e ter sido cassado pelo Tribunal Regional Eleitoral do Ceará (TRE-CE). No entendimento das candidatas opositoras, a tentativa de Joel de participar da disputa contraria a Constituição, que proíbe a candidatura de parentes de até segundo grau do titular em exercício, salvo nos casos de reeleição.

A ação movida por Lígia Protásio pede a declaração de inelegibilidade e acusa o adversário de representar uma estratégia de “perpetuação no poder”. Seguindo o mesmo entendimento, as coligações de ambas as candidatas concordam nesse ponto.
A coligação O Futuro Começa Agora! (Republicanos, Solidariedade e Federação Brasil da Esperança – PT, PCdoB e PV) destacou que a situação se agrava diante da cassação de Braguinha por abuso de poder político e econômico, além da suspeita de vínculo com facção criminosa. Já a União Para Libertar Santa Quitéria (MDB e União Brasil) afirmou que a candidatura encontra “óbices constitucionais e legais intransponíveis”.
Em contraponto, a defesa de Joel Barroso classificou os pedidos de impugnação como um “grande equívoco”. Entre os argumentos, está o de que Braguinha teve seu diploma cassado e a eleição foi anulada. Com isso, o gestor não teria sequer tomado posse do cargo para o qual foi eleito.
Acompanhe mais notícias da Rede ANC através do Instagram, Spotify ou da Rádio ANC.