Dom Sérgio da Rocha, de 65 anos, é um dos sete cardeais brasileiros aptos a votar no Conclave que, a partir de quarta-feira (07/05), escolherá o próximo Papa. Natural de Dobrada, São Paulo, ele tem uma trajetória longa dentro da Igreja Católica e já atuou como bispo auxiliar de Fortaleza de 2001 a 2007, antes de seguir para outras arquidioceses do Brasil.
Atualmente arcebispo de Salvador e Primaz do Brasil, Dom Sérgio embarcou para Roma no dia 22 de abril, um dia após a morte do Papa Francisco. Desde então, ele tem se dedicado aos preparativos e celebrações que antecedem o Conclave. Além disso, ele será um dos responsáveis por escolher o sucessor de Francisco, conforme as regras da Igreja, que limitam a participação no voto a cardeais com menos de 80 anos.
De Fortaleza a Salvador
Formado em Teologia Moral, com doutorado pela Pontifícia Universidade Lateranense, Dom Sérgio iniciou sua trajetória como sacerdote em 1984, aos 25 anos de idade. Antes de ser nomeado bispo, ele atuou como professor e reitor no seminário de São Carlos (SP), além de coordenar pastorais e lecionar na PUC Campinas.

Em 2001, foi nomeado bispo auxiliar de Fortaleza, função que exerceu até 2007, quando assumiu a Arquidiocese de Teresina. Em 2011, tornou-se arcebispo de Brasília e, em 2020, foi designado arcebispo de Salvador pelo Papa Francisco.
Papa Francisco
Dom Sérgio se tornou cardeal pelo pontífice em 2016 e, desde então, tem desempenhado papéis importantes na Igreja, como presidir a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) de 2015 a 2019. Em 2021, o Papa Francisco o nomeou membro da Congregação para os Bispos e, em 2023, ele se tornou o primeiro latino-americano a integrar o G-9, o Conselho de Cardeais.
Em suas declarações, Dom Sérgio destaca o legado de Francisco, ressaltando a simplicidade, o compromisso com os pobres e o empenho em causas socioambientais. Segundo ele, tais assuntos devem continuar a ser levados adiante pelo próximo Papa.
“Essas atitudes vão continuar. Esse esforço de caminhar juntos, de uma participação maior, de uma unidade sempre maior, de uma missão compartilhada por todos, de uma Igreja missionária, de uma Igreja comunhão: são aspectos que são permanentes”, comentou.
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