A questão do meio ambiente e do desenvolvimento de práticas sustentáveis está na pauta do dia. Nesse sentido, a Secretaria do Meio Ambiente (Sema) desenvolverá o Plano Regionalizado de Coleta Seletiva para atender 11 municípios do Cariri: Araripe, Assaré, Campos Sales, Salitre, Saboeiro, Farias Brito, Nova Olinda, Santana do Cariri, Potengi, Altaneira e Antonina do Norte.
Os recursos, já assegurados em R$ 197.571,82, serão provenientes do Fundo de Defesa dos Direitos Difusos do Estado do Ceará (FDID).
A expectativa do secretário Artur Bruno é desse projeto começar a ser executado em junho próximo. Até lá a Coordenadoria de Desenvolvimento Sustentável – Codes –, da Sema, terá realizado as licitações para contratação de consultoria e aquisição de maquinários para os galpões de triagem, equipamentos de proteção individual e kit de computador.
As coordenadoras do projeto, Mara Silva e Fabíola Martins, destacam que as aquisições de bens serão destinadas ao uso de associações e cooperativas de materiais recicláveis em parcerias com as prefeituras. Elas explicam que o projeto segue as diretrizes da Lei da Política Nacional de Resíduos Sólidos, baseando-se nas dimensões da sustentabilidade de modo a conciliar a conservação dos recursos naturais com o desenvolvimento econômico e a inclusão social de catadores de materiais recicláveis.
O projeto tem como objetivo complementar uma ação que também será executada pela Sema, através do Projeto Implementação da Coleta Seletiva em três bacias hidrográficas: Metropolitana, Salgado e Acaraú, com recursos do PforR, Banco Mundial. Esses 11 municípios selecionados complementam a lista do Cariri, que estavam fora da área de abrangência, por não pertencerem à Bacia do Salgado. “Nós também temos interesse em construir um Inventário Estadual de Resíduos Sólidos com confiabilidade, na medida que iremos utilizar informações provenientes do Selo Município Verde e do IQM para fortalecer o trabalho”, adiantou Fabíola.
Coleta
Coleta seletiva é a coleta diferenciada de resíduos que foram previamente separados segundo a sua constituição ou composição. Ou seja, resíduos com características similares são selecionados pelo gerador (que pode ser o cidadão, uma empresa ou outra instituição) e disponibilizados para a coleta separadamente.
De acordo com a Política Nacional de Resíduos Sólidos, a implantação da coleta seletiva é obrigação dos municípios e metas referentes à coleta seletiva fazem parte do conteúdo mínimo que deve constar nos planos de gestão integrada de resíduos sólidos dos municípios.
Cada tipo de resíduo tem um processo próprio de reciclagem. Na medida em que vários tipos de resíduos sólidos são misturados, sua reciclagem se torna mais cara ou mesmo inviável, pela dificuldade de separá-los de acordo com sua constituição ou composição. O processo industrial de reciclagem de uma lata de alumínio, por exemplo, é diferente da reciclagem de uma caixa de papelão.
Por este motivo, a Política Nacional de Resíduos Sólidos estabeleceu que a coleta seletiva nos municípios brasileiros deve permitir, no mínimo, a segregação entre resíduos recicláveis secos e rejeitos. Os resíduos recicláveis secos são compostos, principalmente, por metais (como aço e alumínio), papel, papelão, Tetra Pak, diferentes tipos de plásticos e vidro. Já os rejeitos, que são os resíduos não recicláveis, são compostos principalmente por resíduos de banheiros (fraldas, absorventes, cotonetes…) e outros resíduos de limpeza.
O.E.