Dados recentes do Banco Central, divulgados nesta quarta-feira (09/04), revelam que, em fevereiro, a taxa média de juros nas operações com recursos livres saltou para 56,3% ao ano. O aumento foi de 2,4 pontos percentuais em relação ao mês anterior. Este é o maior nível registrado desde agosto de 2023.
A principal força por trás desse avanço nos juros foi o encarecimento do crédito rotativo do cartão, que apresentou alta de 9,6%. O crédito pessoal não consignado também incentivou, com elevação de 6,1 pontos percentuais. Esses dois segmentos, conhecidos por aplicarem as maiores taxas do mercado, contribuíram para elevar a média geral.
De acordo com o Banco Central, tanto o aumento direto nas taxas quanto a maior participação de modalidades de crédito mais caras na composição das dívidas explicam o movimento. Enquanto os consumidores enfrentam esse cenário mais desafiador, as empresas observaram uma queda de 0,2% na taxa média de juros para o setor empresarial, alcançando 23,9% ao ano.
No entanto, ao se considerar o custo médio do crédito em toda a economia, somando famílias e empresas, houve um avanço para 43,7% ao ano. Este é o maior índice desde maio de 2023.
Outro dado diz respeito ao nível recorde de endividamento das famílias, que atingiu 48,7% da renda acumulada nos últimos 12 meses, o mais alto desde maio do ano passado. Além disso, o comprometimento mensal da renda com dívidas subiu para 27,3%, o maior patamar desde julho de 2023.
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